sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Felicitações de Ano Novo!

 

O Portal Trincheiras de Jaguariúna deseja a todos um Ano Novo com muita saúde, muitas realizações, muita paz, solidariedade e amor!

Agradeço aos amigos e seguidores as visitas ao Blog e à página no Facebook.

Que neste novo ano, em que comemoraremos os 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 e 10 anos do Núcleo de Jaguariúna, nos permita realizar as dignas homenagens e continuar na divulgação da mais bela e importante história vivida pela gente de Piratininga, e, como diz no texto que transcrevi, que não falte às novas gerações o conhecimento dos sacrifícios de um povo para manter aceso o ideal de um povo livre dentro da Lei, da Ordem e da Constituição.

Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

 





DIA A DIA.

DATA DE SÃO PAULO

Vinte e cinco anos depois da a admirável arrancada cívica dos paulistas fiéis à tradição de liberdade de nossa terra e à altives da gente brasileira – a cidade se ajoelha na saudade dos que partiram e bem souberam na grande hora, cumprir o dever. Foram dignos de Piratininga. Durante vários anos, ainda sob o império da ditadura, somente uns poucos conservam vivos o entusiasmo e a fidelidade. Faltou um trabalho de civismo junto a geração que nasceu depois de 32. Felizmente o esforço dos que não esquecem os grandes momentos e os sacrifícios de um povo, manteve acesa a lâmpada do ideal que nos levou, após a “minha terra, minha pobre terra” de Ibrahim, aos acontecimentos de 23 de Maio que foram os movimentos precursores do glorioso 9 de Julho.

Veio a democratização do País, um pouco mais tarde, e a ação dos que a realizaram teve por escudo a semente do ideal que levou os paulistas e mais irmãos patrícios, ao levante de 32.

Há dois anos fomos buscar em Cunha, a montanha da resistência constitucionalista, no Capão do Divino Mestre, os restos mortais do caboclo Paulo Virginio, a grande vítima civil que ditatoriais fuzilaram após tê-lo feito sofrer toda sorte de padecimentos.

São Paulo reviveu, então, a sua epopéia. Quando os restos de Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, os assassinados de 23 de Maio na Praça da República e Paulo Virginio, o herói civil que resistiu a tudo para ser fiel ao movimento de São Paulo, foram, em instante sagrado e por todo o sempre, colocados no Monumento do Ibirapuera, a cerimônia, tocante como nenhuma outra jamais o será, teve o condão de redespertar a nossa gente para o culto da glória que foi a nossa revolta contra a escravidão.

Este ano, um quarto de século decorrido, sente-se que a gente de São Paulo, com a solidariedade do Brasil inteiro, dentro do belo sentido da unidade da Pátria, vibra ante o dever do culto aos heróis. È a reconquista da nossa tradição, eis que os povos só valem no conceito das nações civilizadas e somente constroem o seu porvir, através da beleza imortal dos gestos de seus homens do passado.

Vibra a cidade, com o concurso de todas as suas forças vivas, Forças Armadas, povo, na homenagem à data, no culto aos que não fugiram à tradição de bravura e de dignidade. É a geração moça e infante de nossa terra vê a geração que passa escrevendo mais uma luminosa página cívica. O 9 de Julho pertence à história e será motivo daqui para frente, de aulas e de exemplos nas escolas primarias a fim de que os meninos possam melhor compreender o sentido da liberdade que em quatro centúrias vem animando o nosso povo nascido livre.

Há sacrifícios de vida e de bens nessas arrancadas impostas pela dignidade. Mas elas servem de exemplo às gerações futuras e estas hão de ser gratas aos que se sacrificaram para que pudessem receber um legado de honra e de altivez.

Transcrição de artigo de Gumercindo Fleury, editor de política no jornal A Gazeta publicado em 08 de julho de 1957.

 

Fonte.

Jornal A Gazeta, 8 de Julho de 1957 (coleção pessoal).


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

FELICITAÇÕES DE NATAL, 2021.

 


O PORTAL TRINCHEIRAS DE JAGUARIÚNA DESEJA A TODOS OS AMIGOS, IRMÃOS DE ARMAS E SEGUIDORES UM FELIZ NATAL COM MUITA SAÚDE, PAZ E AMOR!


“Anjinho de Luz”

Ruth Christensen, original pintado com a boca.

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                                            Cartão de Natal dos Pintores com Boca e Pés.


“[…] Não há terra como o nosso Brasil. Nós paulistas o sabemos. E, portanto, quando tomamos armas contra os opressores de nossa terra, sabemos e sentimos que não estamos dando combate a nossa pátria. Longe de nós ter qualquer rancor contra os nossos irmãos dos outros Estados. A luta que travamos é contra a opressão, contra o erro, contra o crime. […] Quem se bate pelo regime da justiça, da liberdade e do direito, será sempre apontado na história da nossa terra, como o defensor da verdadeira, da suprema causa da nacionalidade. Esta causa – vós já sabeis – é a causa da Lei. [...]” (Trecho da oração proferida por Olivia Guedes Penteado durante a Revolução Constitucionalista em 1932.)

Que nosso País se mantenha dentro da Ordem e da Lei respeitando a Constituição pela qual Soldados Constitucionalistas deram a vida e a maior demonstração de civismo e amor à Pátria.

 




Fonte.

https://trincheirasdejaguariuna.blogspot.com/2017/03/mulheres-de-32-ii.html

https://culturageralsaibamais.wordpress.com/2011/02/06/olivia-guedes-penteado-e-a-revolucao-de-32/, acesso em 06 de mar. de 2013.

 

Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

Dezembro de 2021.

 

 



domingo, 19 de dezembro de 2021

NOVE DE JULHO – 1961.

 

Artigo do redator publicado no jornal A Gazeta em 1961:

NOVE DE JULHO

Mais um ano transcorre, amanhã, do irrompimento da jornada libertadora de 32. Os que vivemos a grande epopeia e participamos da luta com o vigor e o idealismo da mocidade, sentimos o mesmo entusiasmo daquelas horas memoráveis, em que a altivez e as convicções de liberdade e democracia de S. Paulo deram tudo pela redenção do Brasil. De arma em punho, Piratininga tentou salvar o País das garras da ditadura. O grito de libertação eclodiu em todos os recantos e em todas as divisas da Pátria comum, numerosos irmãos acudiram das diversas regiões federativas e conosco se identificaram nas glórias e nos sofrimentos da batalha de noventa dias. Levado de vencida o esforço da gente bandeirante, que teve o apoio fraterno, decidido e heroico do Governo de Mato Grosso, permaneceu intacto, contudo, o sentido da Revolução. Treze anos depois, em 1945, após a derrocada do nazifascismo pelas forças da democracia nos campos de ruína e sangue de três continentes, rolava no pó da deposição o totalitarismo brasileiro. Triunfava o desejo e o ideal dos paulistas secundados por lutadores que envergaram aqui a farda honrosa do Voluntário Constitucionalista. A data de 9 de Julho recorda a página inesquecível, onde é elevada a figura de Pedro de Toledo, o Governador aclamado pelo povo na tarde do desencadeio do levante. Civis e militares tiveram projeção sem paradigma, nos quadrantes da peleja. Não foi apenas um sonho, porém a autenticidade de anseios que construíram a vitória da restauração da Lei, da justiça, da liberdade, da democracia e da Constituição com a queda definitiva da ditadura, no encerramento da Segunda Grande Guerra Mundial. Berço de batalhadores, pelos direitos do homem, S. Paulo se insurgiu, marcou o extermínio sumário da prepotência liberticida.

Coube sobretudo aos jovens bandeirantes a bravura de enfrentar, juntamente com tropas do Exército e da Força Pública do Estado a investida dos ditatoriais. E o que realizaram todos os paulistas, nos empreendimentos e serviços de retaguarda, reveste magnitude tal que emociona até as lagrimas. Homens e mulheres, adultos e crianças, mesmo pessoas cobertas pelas cãs da velhice tomaram atitude de acordo com as suas condições, na defesa do ideal redentor. O MMDC, cujas iniciais lembram os quatro moços abatidos pela sombra ditatorial nos acontecimentos de 23 de maio, centralizou os preparativos, a mobilização e o sustento da luta. Rememoramos sucessos por demais conhecidos. Reviver o capitulo sem par na história de S. Paulo vem confirmar não ter sido em vão o sacrifício imenso. A união dos paulistas concretizou o milagre. Essa união dos paulistas concretizou o milagre. Essa união deve influir no ânimo deste povo, para que exija sempre de seus líderes a solidariedade imprescindível em favor da defesa das aspirações de São Paulo e do Brasil. E em homenagem á memória dos que perderam a vida ao calor da refrega e do fogo das trincheiras. O 9 de Julho simboliza a confraternização de nossa gente, para as grandes coisas feitas pelo Brasil. Bem o consagrou, o Brasão da Terra dos Bandeirantes, durante a peleja de 32: Pro Brasilia Fiant Eximia.



Capa do jornal com ilustração de Messias.


Fotografia que acompanha o artigo.


O entusiasmo do redator no texto mostra o quanto foram importantes os acontecimentos em 1932 e o quanto tocou o coração daqueles que vivenciaram a Revolução Constitucionalista. A alma paulista se emocionava 29 anos após o final dos combates e demonstrava o quanto era importante valorizar os que lutaram pelo ideal do movimento constitucionalista. Agora que nos aproximamos dos 90 anos da Revolução precisamos continuar com o mesmo espirito de civismo e patriotismo reverenciando aqueles que deram a vida por um País democrático, justo, pela Lei e pela Ordem e pela Constituição.

 

Fonte.

Jornal A Gazeta, 8 de julho de 1961. Coleção pessoal.

 

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Lanche para os Soldados de 1932.

 


Uma homenagem e eterna gratidão à mais de 70.000 mulheres destemidas Heroínas da Pátria, da simples Dona Severina a soldado Maria Stela Sguassábia, Mulheres Paulistas que se sobressaíram durante à Revolução Constitucionalista de 1932, pela coragem, civismo e amor à Pátria.



Mulheres de Araraquara que participaram intensamente na retaguarda.

 


LUNCH EXPRESSO.

Destinado aos soldados que partiam, era a primeira merenda que as mãos delicadas de um infinito número de senhoras e senhoritas paulistas, colocavam nas mãos dos nossos soldados. Linda ideia por certo esta, que só em almas delicadas e generosas poderia brotar.

Tratava-se de uma organização, concebida e dirigida pela Instrução Artística do Brasil à frente da qual se encontrava o belo e inteligente espirito da Sra. Helena de Magalhães Castro, credencial mais que suficiente para um feliz sucesso.

A 3 de agosto haviam já distribuídos em mãos, mais 31.000 lunchs aos nossos soldados que seguiam para a frente. Para tal obra, tinha aquela instituição recebido constantemente contribuições de biscoitos, pão, bolos, frutas, etc., destinados a tornar mais apetecível a merenda.

Nesse tempo, a Instrução Artística do Brasil acabava de fundar um posto análogo em Itapetininga, cuja direção estava confiada a D. Marianinha do Valle Netto, auxiliada por senhoras e senhoritas da sociedade daquela cidade.

Além disto, a Instrução Artística do Brasil mandava dizer diariamente uma missa, no altar de N. S. Aparecida, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, às 8 horas, com assistência das senhoras e senhoritas que trabalham no preparo das merendas destinadas aos soldados.

A arte sem religião, é um corpo morto sem alma; impossível aquela viver sem esta: são portanto inseparáveis. O princípio tanta vez apregoado de: arte pela arte, é um erro mais que positivista, grosseiro, e que só a ignorantes atrai. É a matéria sublevada contra o espirito; o homem inferior defendendo seus apetites sensuais.

Bem haja pois a Instrução Artística do Brasil, que soube compreender tão alta doutrina, não separando em seu espirito e trabalho, a Arte da Religião.

- Texto transcrito do livro A Mulher Paulista no Movimento Pró Constituinte.






HELENA DE MAGALHÃES CASTRO


HELENA DE MAGALHÃES CASTRO
"Para a Phono-Arte, Helena de Magalhães Castro,
Rio 9/7/930".Arquivo Nirez


A cantora e declamadora HELENA DE MAGALHÃES CASTRO, que também era pesquisadora do folclore brasileiro, pianista, violonista, professora e homeopata. Sem dúvida, uma intelectual, bonita, carismática e com múltiplos talentos.

Nasceu em São Paulo, no bairro dos Campos Elísios em 18 de setembro de 1902, Helena de Magalhães Castro era filha de José Ferraz de Magalhães Castro, conceituado médico homeopata, e de Helena Faria de Magalhães Castro.

Formou-se professora na Escola Normal de São Paulo, Caetano de Campos.

Estando ligada à música desde pequena, ela era pianista, mas, optou por acompanhar-se ao violão em seu primeiro concerto, realizado no Theatro Municipal de São Paulo, em 1924.

Em 1931, ao lado do poeta Guilherme de Almeida e do maestro João Souza Lima, Helena fundou a Instrução Artística do Brasil (IAB).

A partir de então, “passou a engajar-se na divulgação da arte na difusão da instrução artística, uma vez que a instituição também tinha o propósito de levar a arte para as escolas, portanto, entende-se que a atuação de Helena ultrapassa o campo das manifestações artísticas para projetar-se no das educacionais, uma vez que, do mesmo modo que como outros intelectuais da época, via na arte, e especialmente na música, um instrumento de formação do indivíduo”.

Desde 1926 ela se correspondia com Mário de Andrade e, por suas ideias e atuação na IAB, eles se aproximaram mais.

Por meio da IAB, Helena participou da Revolução de 1932, coordenando o Lunch Expresso, kits em caixinhas distribuídos para os soldados, promovendo concertos, aliando-se a campanha Ouro para o bem de São Paulo e lançando revistas comemorativas sobre esse evento político”.

 

Helena lecionou declamação e música até meados de 1980, em sua residência na Alameda Barão de Limeira. Ela ainda conduzia a antiga farmácia de homeopatia da família, iniciada por seu pai.

Solteira e sem herdeiros, em 1987 propôs a doação de sua casa e de todo o seu acervo, incluindo a farmácia de seu pai, ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de São Paulo (Condephaat), da Secretaria de Estado da Cultura. Mesmo sendo considerado um bem de grande interesse cultural, as negociações não prosperaram e, após sua morte, seus bens foram se dispersando, restando apenas alguns documentos e fotografias que foram recolhidos por técnicos do Condephaat e se encontram informalmente depositados nesse órgão.

Helena de Magalhães Castro viveu bastante. Em 1995, sofreu um derrame e ficou bastante debilitada, vindo a falecer de causas naturais nesse mesmo ano.

Helena de Magalhães Castro gravou vários discos na Victor, porém só foram comercializados três desses discos, em seis músicas no total.

Biografia de Helena de Magalhães Castro pela historiadora Marcelle de Andrade.

 




HELENA DE MAGALHÃES CASTRO
"Para a Phono-Arte, Helena de Magalhães Castro,
Rio 9/7/930".Arquivo Nirez


Helena de Magalhães Castro em 1980.
Acervo pessoal de Helena de Magalhães Castro.
Foto gentilmente cedida por Marcelle de Andrade.


 Referência.


RODRIGUES, J. A Mulher Paulista no Movimento Pró Constituinte. São Paulo: Empresa Gráfica Revista dos Tribunais, 1933, 191p.

https://www.marcelobonavides.com/2018/09/helena-de-magalhaes-castro-116-anos.html

https://portal014.com.br/

https://rciararaquara.com.br/cidade/9-de-julho

 

Publicado e editado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

26/11/2021



sábado, 16 de outubro de 2021

HOMENAGEM AO SR. ALFREDO PIRES FILHO.

 

O Portal trincheiras de Jaguariúna faz uma homenagem ao Comandante ALFREDO PIRES FILHO, falecido em 16 de agosto de 2021. Nasceu em Sorocaba no dia 21 de agosto de 1920 filho de Alfredo Pires de Almeida Mello e de Elvira Gonçalves Pires.


Comandante Alfredo Pires Filho.

Participou da Revolução Constitucionalista s 1932, quando tinha apenas 12 anos, era escoteiro da Tribo Piratininga, e trabalhou como mensageiro ou estafeta, como gostava de dizer. Com as aulas suspensas naquele período, por causa dos confrontos, Pires começou a prestar serviços num batalhão do Exército comandado pelo capitão Bento Bicudo Neto. Trajando a tradicional roupa de escoteiro na cor cáqui, calça curta, meias três quartos, cinto de couro, Pires levava correspondências do batalhão, localizado na Rua Conselheiro Brotero, bairro de Santa Cecília, na zona oeste de São Paulo, para o Quartel General do Exército, situado na Rua Conselheiro Crispiniano, no centro, viagem que fazia de bonde, e também para a unidade militar de Quitaúna, em Osasco, na Grande São Paulo, trajeto onde utilizava o trem da antiga Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) – que ligava São Paulo a Sorocaba. Também levou ataduras para os hospitais Samaritano e Santa Casa.

Os envelopes das correspondências que transportava eram fechados e Pires não tinha ideia do que eles continham, mas não tinha dúvida de que pelas suas mãos passaram informações importantes entre os comandos do batalhão, onde prestava serviços, e as unidades para as quais levava as mensagens.

Estudou no Colégio São Bento que foi invadido durante a Revolução Constitucionalista, porque os opositores souberam que lá havia armas escondidas e isso poderia significar que abrigavam no local uma resistência. Sua rotina diária era sair do Colégio São Bento, almoçar na casa de sua tia no bairro de Santana, e, após, escondido de sua família, ia ao Aeroclube de São Paulo, no Campo de Marte, para aprender a pilotar. Aos doze anos de idade, voou pela primeira vez em um avião planador, que era do CPP (Clube Paulista de Planadores). Iniciou o curso de piloto, para tirar seu brevê e, depois fez o curso de instrutor. Sua carteira de instrutor é de número 119 e sua carteira internacional é 34. Foi instrutor dos pilotos brasileiros que atuaram na 2a. Guerra Mundial, que iniciavam aqui no Brasil seus estudos sobre aviação e, depois, iam complementar nos EUA o curso para os armamentos das aeronaves.

Por esse motivo, é sempre lembrado e homenageado pelo Exército Brasileiro e Aeronáutica.

A história da família Pires começa no Brasil junto com a chegada de Pedro Álvares Cabral, cuja Nau era comandada por Luís Pires. Aportaram onde hoje é a cidade de São Vicente. A família subiu a serra e parou no seu topo, criando a cidade de Ribeirão dos Pires, que hoje é denominada de Ribeirão Pires. Casaram-se com as filhas do Cacique Piquerobi. Uma parte da família foi para Campinas e outra parte para Sorocaba, a parte de seus ascendentes diretos.

O Comandante Alfredo Pires Filho contava, emocionado, sua história de vida, e a emoção atingia o ápice quando falava de seu pai, Alfredo Pires, um advogado que, na época da Revolução, teve seu escritório de advocacia invadido e destruído, pois tinha como estagiário o filho de Ataliba Leonel, ex-senador pelo Estado de São Paulo e que era opositor do governo Vargas.

Em 2011 Alfredo Pires Filho, muito emocionado pelo reconhecimento, tomou posse como Comandante Constitucionalista da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC.




Com dois filhos, três netos e quatro bisnetos, Pires Filho disse ter orgulho do seu passado e não hesita em dizer que “fez história”. Mas, humilde, contou apenas que soube aproveitar as oportunidades. Uma delas foi ter trabalhado como instrutor de voo durante a Segunda Guerra. Já foi também vendedor e nadador. Ele se recorda das provas de natação no Rio Tietê. “A água era limpíssima e os peixes ficavam beliscando o pé.” Tinha uns 16 anos na época.

É muito bom ser reconhecido pelo o que você fez"

 









Cel. Mario Fonseca Ventura, Antônio Carlos Aristides e Alfredo Pires Filho







Sr. Alfredo e sua esposa Sra. Nair Brandão Pires.





Fonte.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/07/veterano-da-revolucao-de-1932-toma-posse-em-exercito-simbolico-em-sp.html

http://revistasp.org/vip/?p=2292

https://www2.jornalcruzeiro

Fotógrafo Antônio Carlos Aristides.

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo

 


domingo, 12 de setembro de 2021

ANIVERSÁRIO DE JAGUARIÚNA 2021.

 

PARABÉNS À JAGUARIÚNA NO 67º ANIVERSÁRIO!




JAGUARIÚNA

                                                                           Maíra Toledo Silveira Melo.

 

Jaguariúna em 1894 era apenas um lugarejo com fazendas sítios e a estrada de ferro. Foi neste tempo e cenário que o Coronel Amâncio Bueno teve a idéia e a ousadia de realizar no local algumas modificações que foram fundamentais para a transformação do lugar em vila, depois em distrito e anos mais tarde em município. O primeiro passo para a transformação do lugar em vila foi a construção de uma igreja no estilo gótico – bizantino, em terras da fazenda Florianópolis, de sua propriedade, com o início da obra em 1889.

A igreja foi entregue aos católicos em 1894, mesmo ano que o Coronel Amâncio Bueno contratou o engenheiro alemão Guilherme Giesrecht para que projetasse uma vila, em terras desmembradas da fazenda Florianópolis. A Vila Bueno, como foi chamada, para homenagear o seu fundador, começou a ser loteada e foram surgindo às primeiras construções. As ruas foram denominadas, ainda no projeto, com nome de alguns parentes do Coronel.

O Coronel estava estudando medicina em Paris, quando teve que largar os estudos para assumir a fazenda do pai. Ele resolveu desmembrar a propriedade e projetar a vila, por acreditar que o lugar poderia progredir.

Bueno, permaneceu na vila até 5 de agosto de 1896 quando passou a ser Distrito de Paz e a se chamar Jaguary – o mesmo nome da estação ferroviária – ficando vinculado ao município de Mogi Mirim. Por força do decreto de lei nº 14.344 de 30 de novembro de 1944, a letra Y foi substituída pelo I, fazendo menção ao rio, também foi acrescentado o termo UNA que na língua Tupi significa preta. Jaguariúna – que significa “rio das onças pretas” - ficou sendo o nome do distrito, em 30 de dezembro de 1953, com a emancipação, passou a ser município.

 



Monumento em agradecimento ao Cel. Amâncio Bueno,
situado na Praça Umbelina Bueno.

Detalhe da inscrição no monumento ao Cel. Amâncio Bueno.


 

HISTÓRIA

 

Foi no Bairro Tanquinho onde tudo começou em 1875, é o bairro mais antigo de Jaguariúna. Há registros que neste local privilegiado pela localização geográfica, área com águas dos rios Camanducaia, Jaguari e Atibaia serviu de habitação para os índios Caiapós.

 

 Era também servido por estradas antigas que levavam aos Caminhos dos Goiazes (Caminhos de Goiás), por onde passaram Bandeirantes e mais tarde tropeiros e boiadeiros.

O Bairro Tanquinho, em 1932, foi palco de batalhas durante a Revolução Constitucionalista, pois ficava no caminho para Campinas onde as forças governistas, vindas de Minas Gerais, pretendiam chegar.

 

A Ferrovia sempre fez parte da História de Jaguariúna, já no ano de 1875 com a inauguração do trecho Mato Dentro (Carlos Gomes), Tanquinho, Jaguari e Guedes.

A Estação da Vila Jaguary, atual Jaguariúna, serviu como um centro telegráfico de transmissão de ordens aos batalhões que por ali se encontravam, durante a Revolução Constitucionalista de 1932, foi também usada para distribuição de munição e em barracões pertencentes à estação foram usados como abrigo para caminhões militares.

 

As fazendas, de grande importância na região, com grande produção de café, cana de açúcar, algodão e outros.

Dentre as inúmeras fazendas da região a Fazenda Florianópolis (atual Serrinha) e a Fazenda da Barra também foram palco de batalhas e ocupação durante a Revolução de 1932.

 

 

Quadro artístico do Brasão da cidade, exposto no hall da Prefeitura Municipal.


 

As imagens a seguir mostram alguns aspectos históricos e naturais da cidade de Jaguariúna.




Soldados paulistas na Estação do Tanquinho, 1932.


Interior na Fazenda da Barra, antes da restauração, sala onde os
soldados mineiros deixaram suas inscrições de ódio aos paulistas.

                                                            
Interior da Fazenda da Barra já restaurada, sala de refeições.
                                                 

                                                       




Detalhe na nave no interior da Matriz antiga, data de sua construção.


Interior da Matriz antiga.


Matriz de Santa Maria, construída em 1894
 preservada  situa-se na Praça Central "Umbelina Bueno".

Placa inaugural da denominação do "Centro Cultural".

Placa  da inauguração do "Centro Cultural" instalado na edificação 
da Estação, Patrimônio da cidade.

A Caixa de Correio antiga, fixada na entrada da Estação.

Placa, preservada, na entrada da Estação.

Atual Estação, Patrimônio da cidade.

A "Ponte Vermelha", antiga passagem do Trem da Mogiana, 1875
ano da inauguração da linha férrea.

Rio Jaguari e seus encantos.


Rio Jaguari.

Rio Jaguari.

Coreto na Praça Umbelina Bueno.


Jaguariúna "Bonita por Natureza".


Fonte.

Casa da Memória “Pe. Gomes” de Jaguariúna.

Portal “Trincheiras de Jaguariúna” – Maria Helena de Toledo Silveira Melo.





Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo


 


 


 


 







DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...