“Ou ficar a Pátria Livre ou morrer pelo Brasil” !!!!!!
O que ocorreu nas Frentes de Combates no dia 7 de setembro de 1932:
Na Frente Norte de combate, na área do TÚNEL DA MANTIQUEIRA, no ponto denominado Morro do Canhão, 1.100 metros de altitude, região fronteiriça e estratégica entre os Estados de São Paulo (cidade de Cruzeiro) e Minas Gerais (cidade de Santa Rita), a Bandeira do Brasil foi desfraldada com um diferencial.
Os Soldados Constitucionalistas (Paulistas de nascimento ou de coração), no “celeiro de heróis da Revolução”, por volta das 07h00, o Capitão Saldanha comandou o famoso – “em continência à Bandeira, apresentar, armas!!!” -, com o hasteamento do Pavilhão Nacional, no ponto mais alto das Colinas, que dominavam aquelas bandas, ao lado das trincheiras, enquanto os clarins cantavam. O Exército Constitucionalista, em reverência ao nosso símbolo maior, perfila-se, EM PÉ, nas trincheiras e FORA DELAS, com total desprezo pela fuzilaria inimiga.
Entretanto, o inesperado aconteceu, fato raro que só se sucede com os nobres de coração e consciência. Do outro lado daquelas formações montanhosas, visíveis a 6 Km dos Soldados da Lei, ao lado dos canhões e metralhadoras, o adversário, o inimigo da ocasião, as tropas Ditatoriais, sem nenhuma ordem formal, de mesmo modo, como o mesmo garbo e marcialidade, prestaram continência à Bandeira verde-amarela, com suas silhuetas também expostas ao morticínio.
A “MARCHA BATIDA”, de 1894, da lavra do Major da Força Pública Paulista Joaquim Antão Fernandes, foi tocada durante o hasteamento da Bandeira Brasileira. (a mesma que ainda hoje diariamente é executada nos quarteis de norte a sul do país ).
“AS TRINCHEIRAS FICARAM EM PÉ!” Por um breve momento, somente pelo toque do clarim, em média um minuto, a Guerra se calou...
Com a última partitura executada, com a Bandeira em destaque no horizonte, com o comando pelo Oficial de - “descansar, armas!!!!”, ouviu-se um zunir do “Mauser” (fuzil). Era o anúncio do recomeço da barbárie, que alimentaria o Anjo da Morte e ceifaria a vida de inúmeros outros brasileiros, sob o olhar atônico, estático e estarrecido da “Mãe- Bandeira”. Ela, gélida, impotente e inerte observou, diante de seus olhos, do alto da Serra, seus filhos, sobre seu ventre macio, desenrolando uma luta fratricida...
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo
06/09/2018
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