Trem para passeio turístico. |
Jaguariúna comemora 63 anos de emancipação político administrativa, possui aproximadamente de 51.907 habitantes (2015), localiza-se na região metropolitana de Campinas e sua história se confunde com a história da Estação Jaguary, da Cia. Mogyana.
Antiga parada (Estação) em Jaguariúna. |
Curiosidade.
“Organizada em 1872, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro e Navegação (assim era o nome primitivo) fazia correr o seu primeiro comboio no dia 3 de maio de 1.875, puxado pela locomotiva “Jaguary”, levando cinco carros lotados de ilustres passageiros, inaugurando assim o seu trecho inicial, de Campinas a Jaguary, hoje Jaguariúna.
A 27 de agosto daquele ano era inaugurado o segundo trecho, de Jaguary a Mogy-Mirim, com trem especial, no qual ia o Imperador D. Pedro II, acompanhado do Presidente da Província de S. Paulo e outros ilustres.
(Fausto Pires de Oliveira, Elementos para a História de São Simão, edição do autor, 1975)”.
Ponte "Pedro Abrucês" ou Ponte Vermelha. Antiga linha que cruzava o Rio Jaguari. |
A História da Estação.
“A Estação Jaguary foi inaugurada em 1875 com esse nome, ainda em território do município de Mogi-Mirim. Segundo se pode concluir pelos relatórios da Mogiana dos anos 1870, a estação original era de madeira e trilhos, como as outras que foram construídas durante essa época; e também, segundo alguns relatos de moradores na época, estava localizada em local diferente da estação que foi construída como definitiva nos anos 1890, ficando a cerca de três (atuais) quarteirões dessa, também próxima ao Rio Jaguary. Nessa época, a atual cidade não existia; ela foi erigida somente por volta de 1894, quando o coronel Amâncio Bueno contratou o engenheiro Wilhelm (Guilherme) Giesbrecht (na planta desenhada por ele chamado de Gieserecht) para o projeto, arruamento e construção de onze casas e de uma igreja - a igreja de Santa Maria, na praça central da cidade. Wilhelm era natural de Koenigsberg, Prússia, e tinha apenas 25 anos quando chegou à estação de Jaguari, tendo chegado ao Brasil apenas sete anos antes e se estabelecido em Diamantina, MG.
O nome dado à nova vila foi Vila Bueno, apesar do nome da estação ser diferente. Dois anos mais tarde, a Vila recebeu o nome da estação. Giesbrecht trabalhara sediado em Jaguary de 1891 a 1895 para a Mogiana, fazendo estudos para a duplicação da linha até Casa Branca, fato que acabou nunca acontecendo. Ele teria também construído a estação de alvenaria que funcionou até 1945.
Seu filho mais velho, Hugo, foi uma das primeiras crianças a nascer na nova cidade (1894). Hoje Guilherme é considerado como fundador e/ou co-fundador da cidade.
No final de 1945, o trecho de linha foi retificado de Carlos Gomes-nova até Guedes e a estação, como outras, foi desativada, pois ficou fora do leito, substituída pelo prédio novo. A nova estação, construída cerca de seis ou sete quarteirões no sentido noroeste da cidade, recebeu por determinação do IHG o nome novo de Jaguariúna.
A antiga casa do chefe da estação sobrevive até hoje. Está localizada junto à avenida que dá saída para Amparo e Serra Negra. A estação de 1893 foi demolida. Vale lembrar que, até 1945, saía dali o ramal de Amparo, que, depois, passou a sair da estação nova, Jaguariúna”.
Publicação no Jornal "O Estado de São Paulo" de 3/3/1916. |
Este mapa de 1931, publicado no livro de Sud Mennucci, Brasil Desunido, foi publicado inicialmente em janeiro de 1932 no jornal " O Estado de S. Paulo" e, logo depois, no livro citado. |
Hoje a Estação é um importante ponto turístico e Centro Cultural da cidade.
E foi por estes trilhos, que em 1932, chegaram os Soldados Constitucionalistas à Vila Jaguari montando na Estação um local estratégico para distribuição de material bélico e também um centro para comunicações.
O 10 º Núcleo de Correspondência MMDC “Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna” saúda a cidade pelos seus 63 anos de emancipação Política Administrativa, comemorados em 12 de setembro de 2017.
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
11/09/2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário