Baseado nos noticiários da época e evocando o espírito paulista de 32, segue um pequeno resumo dos acontecimentos na Zona Mogiana, setor Jaguary.
Em oito de setembro os ditatoriais avançaram em Mogi Mirim. Houve combates encarniçados. No dia 10, em Amparo, as forças do Catete foram violentamente atacadas.
As tropas do Catete atacaram cerradamente toda Zona Mogiana em 13 de setembro. Houve um fortíssimo contra ataque dos constitucionalistas no dia 14. Os ditatoriais recuaram para Minas nas cidades de Guaxupé, Arceburgo e Guaranésia.
As tropas ditatoriais bombardearam duramente as cidades de Campinas e Jundiaí no dia 15, para causar pânico na população civil e novamente no dia 18 outro duro bombardeio atingiu Campinas. Os paulistas avançaram em direção a Amparo.
Já quase sem munições, os paulistas empregaram estratégias militares e conseguiram deter o avanço dos ditatoriais à cidade de Amparo, em 20 de setembro.
Novamente Campinas e outras cidades foram duramente bombardeadas. Aviadores paulistas, revoltados, atacaram o campo de pouso dos aviões da ditadura, destruindo os aviões que bombardearam a cidade de Campinas.
Em 24 de setembro os ditatoriais avançaram em Amparo. Foi impressionante a bravura dos defensores da lei: morreram mas não recuaram. Em uma dedicação suprema, as tropas paulistas conseguiram deter o avanço do inimigo no dia 25.
Enquanto isto, o Coronel Herculano de Carvalho concluiu suas negociações como General Góis Monteiro.
No dia 26 os ditatoriais lançaram mão dos últimos recursos para forçar as linhas dos redutos constitucionalista no setor Jaguary. As tropas concentradas no setor Jaguary/Amparo assumiram cada vez mais um caráter decisivo.
Os reforços recebidos e o aparelhamento bélico tornaram impossível qualquer avanço do adversário com o objetivo máximo de apoderar-se do mais importante centro ferroviário do estado, que era sem dúvida, a cidade de Campinas, relataram os jornais da época.
A zona de operações do setor Jaguary apresentava-se cheia de acidentes naturais o que fez com que os comandantes das Forças Constitucionalistas aproveitassem esse aspecto peculiar da região para uma defesa inteligentemente distribuída e firme em toda linha de combate.
Como armas de guerra as bombardas prestaram relevantes serviços em diversos combates. Numa luta travada no setor marginal do rio Jaguari, a Cia de Bombardas desempenhou um brilhante papel, quando os ditatoriais foram severamente bombardeados e repelidos, sofrendo inúmeras baixas, abandonando suas trincheiras desmanteladas.
Em 27 de setembro todas as forças paulistas estavam com o mesmo entusiasmo inicial.
Finalmente em 28 de setembro de 1932 o Cel. Herculano de Carvalho revelou suas negociações com o Gal. Góis Monteiro. Cessou-se a luta.
Fonte de consulta.
http//:www.novomilenio.inf.br/1932sp41.htm
http//:www.arquivoestado.sp.gov.br
Combatentes na região de Campinas.
Fonte da imagem.
http://1932,comunidades.net
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