quarta-feira, 20 de novembro de 2024

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

 


Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil

 

Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusiasmo na Chácara Carvalho – Exercícios dia e noite – As mulheres de cor dedicam-se à grande causa. Também os negros de todos os Estados, que vivem em São Paulo, quando o clarim vibrou chamando para a defesa da causa sagrada os brasileiros dignos, formaram logo na linha de frente das tropas constitucionalistas. A epopéia gloriosa de Henrique Dias vai ser revivida na luta contra a ditadura. Patriotas, fortes e confiantes na grandeza do ideal por que se batem São Paulo e Mato Grosso, os negros, sob a direção do Dr. Joaquim Guaraná Sant’Anna, tenente Arlindo, do Corpo de Bombeiro, tenente Ivo e outros, uniram-se, formando batalhões que, adestrados no manejo das armas e na disciplina vão levar, nas trincheiras extremas, desprendidos e leais, a sua bravura, conscientes de que se batem pela grandeza do Brasil que seus irmãos de raça, Rebouças, Patrocínio, Gama e outros muitos tanto dignificaram. Os nossos irmãos de cor, cujos ancestrais ajudaram a formar este Brasil grandioso, entrelaçando, os pavilhões auriverde e Paulista, garbosos, ao som dos hinos e marchas militares, seguem cheios de fé, ao nosso lado, ao lado de todos os brasileiros que levantaram alto a bandeira do ideal da constitucionalização, para a cruzada cívica, sagrada, da união de todos os Estados sob o lábaro sacrossanto da pátria estremecida.

 

Este texto foi publicado no Jornal A Gazeta de 23 de setembro de 1932, vem reconhecendo e enaltecendo a valorosa contribuição junto aos seus irmãos brasileiros, que lutaram pela liberdade para todos, pela Constituição, pela Ordem e pela Lei na Revolução Constitucionalista de 1932. E assim a história nos mostra que ao longo dos anos estes brasileiros guerreiros vem lutando com coragem pela igualdade e liberdade de todos assim como fizeram seus ancestrais.

Não só os homens negros se destacaram nas revoluções e guerras no Brasil também inúmeras destemidas mulheres, destaco algumas delas:

Maria Felipa de Oliveira da Ilha de Itaparica heroína negra que lutou na independência do Brasil, na Bahia 1823



Maria Felipa

https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/pessoa/maria-felipa-de-oliveira/

 

 

Ana Preta lutou na Guerra do Paraguai (1864/1870). Retornou à pé carregando o corpo do marido morto.



Ana Preta

https://cincomiligramasmisantropia.com.br/ana-preta-livro-revela-a-historia-emocionante-de-uma-heroina-esquecida-da-guerra-do-paraguai/

 

 

Maria Soldado lutou como soldado nas trincheiras da Revolução Constitucionalista de 1932.



Maria Soldado

https://vidabrasiltexas.com.br/maria-soldado-uma-mulher-negra-nascida-na-cidade-de-limeira-sao-paulo-heroina-e-simbolo-da-revolucao-constitucionalista-de-1932/

 

             

Nossas Honras aos Heróis e Heroínas negros que sempre lutaram por um Brasil com justiça e igualdade para todos.

 

Homenagem no Dia Da Consciência Negra do Portal Trincheiras de Jaguariúna

              

 

“No dia da “consciência negra”, lembre-se que consciência não tem cor e sim convicções, de que você é consigo mesmo e as pessoas em volta!”

 

(Fernando Macedo)

 

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo

20/11/2024

 

 

 


terça-feira, 8 de outubro de 2024

GAVIÕES DE PENACHO

 


Lançamento da edição digital

 

 

 Tenho o prazer de informar sobre o lançamento da edição digital do livro Gaviões de Penacho.

A publicação de Gaviões de Penacho (Regional, 2024), de autoria do Major-Brigadeiro do Ar Lysias Augusto Cerqueira Rodrigues (in memoriam), em edição rememorativa da Epopeia da Aviação Constitucionalista na Revolução de 1932.

Trabalho cuja Comissão Organizadora, integrada pelos senhores Ten Cel PM Alex Mena Barreto, Cel Carlos Roberto Carvalho Daróz, Cel Cláudio Moreira Bento, Sr. Flavio Rodrigues e Prof. Dr. Jefferson Biajone, Presidente da Comissão Organizadora Portal Paulistas de Itapetininga tem a fortuita oportunidade de oferecer aos leitores da atualidade, em formato digital (PDF), disponível na íntegra e para difusão, no link direto https://shorturl.at/zlovL

A Comissão Organizadora agradece a todas as personalidades e entidades que, direta ou indiretamente, colaboraram para o sucesso dessa concretização, bem como parabeniza, por meio dela, o Comando de Aviação João Negrão da Polícia Militar do Estado de São Paulo pelos seus 40 anos de operações, o Portal Piloto Policial pelos seus 15 anos de fundação, nos 90 anos de publicação da primeira edição de Gaviões de Penacho (Rossolillo, 1934) e aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, efemérides essas todas completas no presente ano de 2024.

Esta obra é de grande importância histórica. Em sua narrativa nos faz mergulhar junto com os destemidos azes do ar, as Águias audaciosas, os Heróis da Aviação Constitucionalista. Os guerreiros Gaviões de Penacho se sacrificaram pelo coletivo, lutaram pelos ideais patrióticos, com lealdade e companheirismo. Infelizmente alguns perderam a vida mas estarão eternizados na memória e na história de São Paulo e do Brasil, os nossos Heróis de 32!

O Portal Gaviões de Penacho, no link https://shorturl.at/8JQ9v, concede igualmente acesso (PDF) às duas citadas edições da obra, bem como opúsculos (PDF) relacionados e    de autoria do Cel-Av. Veterano Manuel Cambeses Júnior (in memoriam) do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), entidade da Força Aérea Brasileira, a qual, agradecemos pela oportunidade de poder replicar e divulgar.

Agradeço a oportunidade por fazer parte deste importante trabalho como prefaciadora convidada.

 

Maria Helena de Toledo Silveira Melo, 08 de outubro de 2024.

 


1 - Major Brigadeiro do Ar Lysias Augusto Rodrigues.



2 - Capa do livro - coleção de Harpya leilões



3 - Na imagem  o 5º, da esquerda para a direita,
Major Aviador e Comte do Grupo Lysias Augusto Rodrigues



Na imagem 3 - Integrantes do Grupo de Aviação de Caça Constitucionalista "Gaviões de Penacho" do Exército Constitucionalista, no aeródromo Campo de Marte, São Paulo-SP, em setembro de 1932. Na imagem (da esquerda p/ a direita), entre outros, o então 1º tenente-aviador Artur Motta Lima (o segundo), 2º tenente Eugênio Sodré Borges (o terceiro), o 2º tenente Mário Machado Bittencourt (o quarto), o major-aviador e comte do grupo Lysias Augusto Rodrigues (o quinto) e o 1º tenente-aviador José Ângelo Gomes Ribeiro (o sexto). Mário e José Ângelo foram mortos em combate em 24 de setembro de 1932, durante uma missão de bombardeio no cruzador Rio Grande do Sul, na costa do Guarujá-SP.  

 -https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Aviators_in_Campo_de_Marte_S%C3%A3o_Paulo_in_1932.jpg

Imagem1-https://www2.fab.mil.br/incaer/images/eventgallery/instituto/Opusculos/Textos/opusculo_lysias_rodrigues.pdf



Veja também:

https://trincheirasdejaguariuna.blogspot.com/2024/09/a-aguia-do-campo-de-marte-nao-foi.html

https://trincheirasdejaguariuna.blogspot.com/2018/09/depoimento-de-um-reporter-de-guerra.html


domingo, 1 de setembro de 2024

A ÁGUIA DO CAMPO DE MARTE NÃO FOI ABATIDA!

 

A Águia no Campo de Marte tombou invicta!

José Ângelo Gomes Ribeiro não foi abatido!

Sábado. 10 horas. Campo de Marte. A esquadrilha está sendo aprestada para decolar.

O “az” Gomes Ribeiro, num canto do hangar “Capitão Chantre”, sentado no chão, sem dizer palavra, ouve as pilherias de um grupo de pilotos, mecânicos e rapazes da imprensa.

Noutra roda, e Negrão falavam sobre as pistas do Campo de Marte, estavam Lysias, Ivo e Ismael palestrando com o General Klinger. Adiante, os Capitães Adherbal opinando cada qual sobre a melhor para decolar com aviões pesados. Assim, escovavam-se as horas, enquanto os aparelhos estavam sob os cuidados dos mecânicos. Machado Bittencourt, de pé, ouvia as anedotas...

Meio dia.

O Major Ivo, nervoso, esperava a palavra de mecânicos de que tudo estava pronto.

Doze horas e quinze minutos. Tudo em ordem.

O Major ordena a partida da esquadrilha. Gomes Ribeiro, calmo e taciturno, enrola no pescoço o seu vistoso lenço de seda, com grandes bolas pretas e vermelhas. Assume o comando do possante avião que lhe deu glória sobre Mogi Mirim. Aciona a metálica hélice. Acelera, mais e mais. Diminui o regimen. Acelera, de novo. Tudo perfeito. Lysias faz o mesmo no seu pássaro cor de alumínio.

Motta Lima, serenamente movimenta sua máquina.

Tudo em ordem.

Recebem as últimas ordens do Major Ivo e decolam, um a um, com técnica de mestres. E vão. A esquadrilha de alumínio corta a cidade em diagonal. Toda a cidade a observa. É que a cidade sabe que vão cumprir missão. E serenos desaparecem pelos lados do lendário Ipiranga...

Motta Lima vai na retaguarda e cumpre a missão e regressa.

Na altura de Cubatão, o Major Lysias observa que do avião de Gomes Ribeiro sai fumaça. Isto preocupa-o seriamente e passa a observar o voo da Águia invicta.

A fumaça se avoluma.

Lysias perde a calma. É que mediu a extensão do perigo que sitiava o pulso de ferro de Gomes Ribeiro. Já não pensava mais na missão a cumprir.

A Águia liberta-se das granadas, fazendo-as cair nas matas do Cubatão.

Lysias sossega. Nessa resolução de Gomes Ribeiro viu que a Águia tomara conhecimento do incêndio do seu avião e se liberta das granadas para tentar uma salvação qualquer.

O avião avança para o mar. Aparecem, agora labaredas. Tudo fica em fogo.

A Águia ainda tenta uma descida rápida sobre o mar e abisma-se no piqué da sua eleição. Desaparece como um raio, dentro do oceano e não volta mais!

Lysias volta com a tragédia da Águia nos olhos e no coração.

Os motivos do incêndio?

Mistério.

São os imprevistos da aviação.

E foi assim que morreu a Águia do Campo de Marte.

Não foi abatida.

Não o seria, também, tão facilmente.

Devoraram-na fogo e mar.

Fogo e água foram necessários para abate-la!

Gloriosa Águia invicta. Adeus!

 

                                                     MONTE.

(A Gazeta, 26 de setembro de 1932).



O texto acima é a transcrição da matéria publicada no Jornal A Gazeta, em Edição comemorativa da Epopéia de 32 em 1957.

 

Gomes Ribeiro e Mario Bittencourt

Honras aos Gaviões de Penacho, as Águias destemidas que cruzaram os céus de São Paulo em 1932, combatendo os aviões “vermelhinhos” e apoiando a artilharia paulista que combatia nas trincheiras, nos campos e nas cidades.

 

  

 

Fonte – A Gazeta – 9 de julho de 1957 – Edição Comemorativa Retrospectiva da Epopéia de 32, pag. 69. Edição impressa da minha coleção.

 

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo

domingo, 11 de agosto de 2024

HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS.

 

 

“Quando a vida lhe dá de presente um pai que é um verdadeiro herói, as páginas do destino ganham novas cores e significados.”

Quero desejar um ótimo dia aos pais e em especial uma homenagem a meu pai e meu avô.





14 de agosto de 1932! Era o Dia dos Pais!

Nas trincheiras o som das metralhadoras ecoavam o grito da liberdade!

 

Esta é a homenagem que faço a todos os pais e aos pais de 1932. A coragem dos Voluntários e Soldados de 32 foi uma lição e exemplo aos futuros pais, sobre o civismo, o amor à sua pátria e à sua família é a condição de manter sua liberdade e a sua dignidade.

 

Meu pai, Joaquim Norberto de Toledo Junior.




Meu avô, Cel. Joaquim Norberto de Toledo.



 

Publicado e editado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo


sexta-feira, 12 de julho de 2024

SOLENIDADE EM 9 DE JULHO DE 2024 EM PEDREIRA, SP.

 

 92º ano da Revolução Constitucionalista de 1932.

 

Participei das comemoração dos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 na cidade de Pedreira, SP, que ocorreu no Morro do Cristo, onde se encontra o monumento aos Soldados pedreirenses, Voluntários de 1932, com a participação de personalidades civis e militares.

Alunos das escolas participantes do “Projeto Revolução Constitucionalista de 1932 na Escola” receberam Certificado de Honra ao Mérito MMDC concedido pelo Núcleo Base MMDC Prof. Arnaldo Rossi.

 














 
















 




Coroa de flores colocada pelo Exmo. Prefeito, Sr. Fabio Vinicius Polidoro e a
Exma. Secretária de Educação, Srª Mariângela Aparecida de Oliveira Rodrigues







 







Agradeço ao Sr. Walfrids A. Poloni, Ten. Marcos Cesar Terin Viotto e demais colaboradores do Núcleo MMDC pela atenção e consideração dispensada.

Imagens oficiais da Prefeitura de Pedreira

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


domingo, 7 de julho de 2024

92º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932.

 

Lembrar, lembrar, sempre lembrar!!!!

 

São Paulo pelo Brasil 


9 de julho de 2024, no 92º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, dia de enaltecer, honrar aqueles Heróis que lutaram pela liberdade, pela democracia e pela Constituição. Jamais esquecer o legado daqueles que se levantaram para aniquilar com os tempos sombrios que vivia a Nação.

Sempre lembrar que, São Paulo foi o Estado que liderando o movimento pela liberdade do Brasil, nunca se subjugou aos desmandos do Governo Federal sempre reivindicando maior liberdade política e eleições democráticas.

Para honrar os Heróis de 32 e não deixar no esquecimento os valores cívicos e morais que nortearam a Revolução Constitucionalista de 1932, faço a transcrição do editorial, da revista Mundo Ilustrado, de 16 de julho de 1932 onde o editor fez suas considerações sobre alguns fatos e feitos relevantes durante o movimento de 1932:

 

A BANDEIRA NACIONAL FOI SÍMBOLO DA REVOLUÇÃO LIBERTÁRIA DE 32.

 

 

O 9 de Julho, data da Revolução Constitucionalista de 1932, é uma página gloriosa da História do Brasil. Levantando-se contra a ditadura, São Paulo despertou a consciência nacional, obrigando aos que se impunham pela força a desenvolverem ao povo o seu direito de ser livre manifestação, através de seus representantes legítimos, no Congresso, principalmente. A luta dos paulistas, à qual se juntaram outros brasileiros, não foi em vão, nem a sua derrota no plano militar significou o esmagamento dos ideais que sustentavam. A semente da Revolução de 32 germinou, em direção a uma maior unidade nacional, dentro de preceitos democráticos. Com o seu movimento revolucionário, os paulistas não alimentavam nenhuma intenção separatista, como difundiam os agentes da ditadura. Todo o movimento constitucionalista processou-se em torno do Pavilhão Nacional. As proclamações, os boletins, todos os impressos relativos ao movimento continham palavras de patriotismo eloquente. São Paulo saiu à luta por um Brasil melhor. São Paulo saiu à luta contra a opressão e o livre arbítrio. Foi na sede do jornal “O Estado de São Paulo”, hoje um dos maiores jornais do continente, que se realizaram as primeiras reuniões, culminando com a entrega da chefia do movimento ao General Izidoro Dias Lopes. Para auxiliares diretos do General foram escolhidos Júlio de Mesquita Filho e Coronel Salgado, da Força Pública do Estado. Foi Júlio Mesquita Filho quem conseguiu reaver, através de processo judicial, os prejuízos que a ditadura do Sr. Getúlio Vargas deu aos proprietários do “O Estado de São Paulo”, confiscado durante algum tempo. O Coronel Salgado já está morto. No plano militar, São Paulo realizou proeza notável, lutando com corpos de tropas e armamentos improvisados durante três meses. Esse feito foi considerado extraordinário não apenas no plano nacional, como também no internacional. Com um exército de bravas mulheres compondo uma retaguarda de trabalho e dedicação, os paulistas saíram para as suas frentes de luta, de Mogi a Cruzeiro, no Túnel, em Silveiras, com armamentos muitos deles fabricados em arsenais improvisados, no próprio Estado. Para o Movimento Constitucionalista de 32, São Paulo fabricou lança-chamas, metralhadoras antiaéreas e até tanques. Em muitos momentos, pela falta absoluta de armas, mas vontade indomável de lutar, foi necessário a aplicação de truques. Em algumas frentes, chaminés velhas camufladas davam aos legalistas a impressão de canhões prontos para atirar. Estourando “bananas” de dinamite, os paulistas procuravam transmitir ao inimigo a idéia de uma artilharia bem municiada. Com esse truque, conseguiam que aviões do governo desperdiçassem suas bombas em cima dos falsos canhões. Ao lado de São Paulo e em favor da liberdade, lutou um gaúcho remanescente de Canudos. É Antonio Paiva Sampaio, conhecido como o herói do Túnel da Mantiqueira, a frente mais importante da Revolução e local onde os paulistas resistiram mais bravamente. Foi um tiro de canhão, disparado nessa frente por um grupo comandado pelo então Major Ary da Rocha Nóbrega, que salvou a Revolução, prolongando-a por mais tempo e dando aos revolucionários mais força na conquista de suas reivindicações. O tiro caiu em cheio num parque de artilharia do governo. No Túnel, onde lutou Paiva Sampaio, de um lado estava o hoje Marechal Dutra, comandando cerca de sete mil homens das tropas legalistas; do outro, os dois mil e quinhentos paulistas que lutaram bravamente sob a verdadeira chuva de granadas e de balas de metralhadoras. Severo Founier, Saldanha da Gama e João Batista Prado, gravemente ferido, quase morrendo, ainda teve forças para dizer: - “São Paulo merece muito mais”. Como toda epopéia, o 9 de Julho também teve seu epilogo: em um dia de novembro de 1932, os seus líderes eram embarcados a bordo do “Pedro I”, navio pertencente à frota do Lóide Brasileiro, com destino à Lisboa, rumo ao exílio.

 

 










Folheto comemorativo - coleção pessoal.




Fonte.

Revista O Mundo Ilustrado, Nº 75. 7 de julho de 1954. (Coleção pessoal).

Imagens de jornais e revistas coleção pessoal.

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...