O
Natal é um lembrete de que somos todos parte de algo maior do que nós mesmos. À
medida que celebramos esta temporada, que possamos nos unir em amor e harmonia,
trabalhando juntos para tornar o mundo um lugar melhor. Que o espírito natalino
nos inspire a sermos agentes de mudança e a espalhar a alegria, a paz e o amor
em todos os cantos do mundo.
Há
mais, muito mais, para o Natal do que luz de vela e alegria. É o espírito de
doce amizade que brilha todo o ano. É consideração e bondade, é a esperança
renascida novamente, para paz, para entendimento e para benevolência dos
homens.
O PORTAL TRINCHEIRAS DE JAGUARIÚNA DESEJA A TODOS UM FELIZ
NATAL!!!
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The Illustrated London News de 9 de janeiro de 1915:
"Capacete de troca de braço em braço de soldados britânicos e alemães:
uma trégua de Natal entre trincheiras opostas" - Wikimedia Commons
Trégua
de Natal na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Essa
trégua de Natal de 1914 se deu nas imediações da cidade de Yprès, na Bélgica. O
Império Alemão havia entrado em confronto durante meses seguidos contra
franceses e ingleses em Yprès. Chegando o fim do ano, o inverno se abateu sobre
as trincheiras e cada exército permaneceu recuado. As linhas inimigas eram
muito próximas umas das outras, de modo que cada tropa poderia ver seus inimigos
e alvejá-los caso saíssem de suas trincheiras. Ocorre que, no dia do Natal
daquele ano, alguns soldados começaram a se mostrar descontraídos e festivos,
dentro de suas trincheiras. Pareciam não se importar nem com a guerra e nem com
o inverno.
Outros,
estranhamente, começaram a andar, desarmados, pela zona conhecida como “terra
de ninguém”, isto é, o espaço entre uma trincheira e outra. Caminhavam até à
trincheira inimiga sem serem abordados ou mortos por seus algozes, desejavam um
“Feliz Natal”, oferecendo, em seguida, bebida, comida ou charutos. Muitos são
os relatos, tanto de solados rasos quanto de oficiais de alta patente, a
respeito dessa trégua de Natal – que partiu deles, exclusivamente. Ou seja, não
foi resultado de uma sanção do alto comando de guerra de seus países. Um desses
relatos segue abaixo:
Às 8:30, eu vi quatro
alemães desarmados deixarem a sua trincheira e se dirigirem para a nossa. Eu
mandei dois dos meus homens se encontrarem com eles, também desarmados, com
ordens para que eles não ultrapassassem a metade do caminho entre as trincheiras,
que distavam então de 350 a 400 jardas nesse ponto. Eram três soldados rasos e
um padioleiro e o porta-voz deles disse que queria desejar a nós um Feliz Natal
e esperava que nós, tacitamente, mantivéssemos uma trégua. Ele disse que havia
morado em Suffolk, onde tinha uma namorada e uma bicicleta a motor.
Esse
relato foi escrito pelo Capitão Sir Edward Husle, do exército real britânico. A
surpresa do oficial em ver os soldados se aproximando com propósitos festivos
deixa claro o caráter inusitado deste acontecimento histórico. Mas, apesar da
boa intenção dos envolvidos nesta trégua, não apenas a guerra em Yprès foi
retomada como os oficiais envolvidos na trégua foram duramente punidos por seus
superiores.
Fonte.
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/tregua-natal-na-primeira-guerra-mundial.htm
Publicado e editado por Maria Helena de Toledo Silveira
Melo, dezembro de 2024
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