A
PARTICIPAÇÃO FEMININA NO PROCESSO DA INDEPEDÊNCIA.
Pouco
se fala sobre a participação feminina na Independência no Brasil mas foi muito
importante e intensa.
Algumas
destas personalidades tiveram destaque pela posição que ocupavam na sociedade e
também pela cultura ou pelo desempenho como líderes de grupos.
Podemos
citar Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro I e Imperatriz do Brasil, ela era
muito culta, naturalista, poliglota, refinada, elegante, com dotes artísticos e
literários. Teve uma participação importante ao longo do processo de
independência. Na ausência de D. Pedro ela assumia a regência, foi sempre voz
ativa para que D. Pedro I patrocinasse um rompimento com Portugal.
Como Princesa Regente D. Leopoldina reuniu-se com o Conselho de Estado em 02 de setembro de 1822 e assinou o decreto de independência do Brasil.
Pintura mostra Leopoldina presidindo reunião do
Conselho de Ministrosem 2 de setembro de 1822 (Foto: Wikimedia Commons ) |
Temos
ainda Maria Quitéria, que se
disfarçou de homem para que pudesse se juntar às tropas nas guerras de
independência; Maria Felipa,
escravizada que tentou reter tropas portuguesas na Bahia; e Sóror Joana Angélica, religiosa que não permitiu que portugueses
entrassem no convento em que vivia.
Há
inúmeros manifesto, escritos e assinados por mulheres que defendiam a separação
de Portugal, defendendo a cidadania e a liberdade comprovando assim a
importante participação feminina na Independência do Brasil.
Maria Leopoldina, Sóror Joana Angélica, Maria Felipa e Maria Quitéria.
Em
1932 as mulheres manifestaram-se unidas e conquistaram o Voto Feminino e
durante a Revolução Constitucionalista as mulheres também tiveram destaque nas
trincheiras e na retaguarda.
Algumas mulheres que participaram da Revolução Constitucionalista de 1932
Vale
lembrar ainda que as datas nacionais são celebrações cívicas, que envolvem
diretamente e primordialmente a participação da sociedade civil e não exclusivamente
das forças militares.
Tela de Pedro Bruno - A Pátria -1919. Museu da República, RJ
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de
Toledo Silveira Melo.
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