130 anos da Proclamação da República no Brasil.
Em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca, principal representante do Exército da época, contando com apoio dos militares e dos republicanos, preparou um levante militar, obtendo, então, sucesso no golpe de Estado.
Essa movimentação resultou na demissão do Conselho de Ministros, bem como de seu presidente. Naquela noite, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto de Proclamação da República e instaurou um governo provisório, do qual ele seria o presidente, até que um novo fosse escolhido por meio de eleições.
O documento assinado por ele, além de legitimar o início da República, exigia a abdicação do imperador e que ele e a família deixassem o país. Assim, três dias depois, em 18 de novembro, Dom Pedro II, junto de toda a família imperial, retornaram à Europa.
Como surgiu a Marca usada nas comemorações do Centenário da República.
Marca utilizada nas comemorações do Centenário da República. |
No ano de 1989 o jornal “Correio Popular” de Campinas publicou um Suplemento Especial Comemorativo, neste um artigo sobre a “Marca” usada nos festejos dos 100 Anos da República, veja:
Símbolo dos festejos – Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós.
Os versos do Hino da República foram a inspiração óbvia dos designers Victor Burton e Isabella Perrotta para a criação da marca que acompanhará todas as comemorações do Centenário da República. O trabalho foi escolhido em concurso público de âmbito nacional, aberto à participação de qualquer cidadão brasileiro, entre 495 concorrentes.
Victor Burton, 33 anos, começou a trabalhar em design editorial na Itália, para uma editora especializada em livros e dezenas de projetos gráficos para livros de arte. Desde 1977, de volta ao Rio, criou cerca de 700 capas de livros e dezenas de projetos gráficos para livros de luxo, vários deles premiados e publicados em revistas internacionais de artes gráficas.
A coautora da marca, Isabella Perrotta, 28 anos, é formada pela Escola Superior de Desenho Industrial e pós graduação em ergonomia pela Fundação Getúlio Vargas. É professora de desenho industrial, escreve artigos para a revista “Design & Interiores”, teve trabalhos selecionados para a mostra gráfica no Brasil 89, no Museu de Arte Moderna do Rio, nas áreas de identidade visual, cartazes e convites e folhetos.
Victor e Isabella explicam que as asas da marca não são nem da águia republicana nem da pomba da paz. São brancas porque representam a idéia abstrata da liberdade, esse voo da imaginação humana que antecede e transcende à República. Daí, porque, também, as asas saem do limites do quadro de fundo num voo para a liberdade infinita.
Eleições comemoram centenário.
No dia 15 de novembro de 1989, mais de 82 milhões de brasileiros foram consolidar, pelo exercício da cidadania que caracteriza a verdadeira República, o estado de direito restabelecido no Brasil pela Constituição de 1988. Era a primeira eleição direta desde 1960.
As comemorações foram iniciadas após as 19:00 horas, depois de fechadas as urnas em todo o País. Os Presidentes da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal estiveram no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes em Brasília, para inscreverem no Livro dos Heróis da Nação Brasileira os nomes dos primeiros homenageados: o Marechal Deodoro e Tiradentes, o precursor da Independência.
Fonte.
Correio Popular, Suplemento Centenário da República, 15 de nov. de 1989. (Arquivo pessoal)
jornalggn.com.br
http://www.gbnnews.com.br/
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
15/11/2019.
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