Em 23 de outubro, comemora-se o Dia do Aviador, instituído pela Lei 218, de 4 de julho de 1936, aprovada pelo congresso Nacional e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, em homenagem ao vôo do 14-Bis, realizado por Santos-Dumont no Campo de Bagatelle, na França, em 1906.
Campo de Bagatelle, França, 1906. |
No dia 9 de julho de 1932 irrompeu a Revolução Constitucionalista em São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas, e em 14 de julho Alberto Santos-Dumont divulgou uma proclamação aos seus patrícios, no qual aplaudia o movimento e concitava os brasileiros, e no final escreveu: "... somente dentro da lei magna poderão ser resolvidos, de forma a conduzir a nossa Pátria a superior finalidade dos seus altos destinos. Viva o Brasil unido!"
Desde 5 de dezembro 1947, quando foi sancionada a Lei 165, seu nome encabeça anualmente a lista de oficiais-aviadores, no Almanaque da Aeronáutica, e por essa mesma norma legal foi promovido na Força Aérea Brasileira ao posto de Tenente-Brigadeiro. Pela Lei 3636 de 1959, foi concedido a Santos-Dumont o posto honorífico de Marechal-do-Ar, e também por lei aprovada pelo Congresso Nacional, 5716, de 19 de outubro de 1971, foi proclamado Patrono da FAB.
Alberto Santos Dumont à esquerda. |
Nossas homenagens a todos os AVIADORES e aos AVIADORES CONSTITUCIONALISTAS!
Combate sobre Buri, 08/08/1932. Avião constitucionalista, abaixo, atinge o avião governista com uma rajada de metralhadora obrigando-o a aterrissar, com perda total do aparelho. |
Aviadores Constitucionalistas – GAVIÕES DE PENACHO
Jefferson Biajone
"A Aviação Constitucionalista remonta da criação da Força Aérea da Força Pública do Estado de São Paulo em 17 de dezembro de 1913, a qual extinta foi pelo Governo de Getúlio Vargas em 18 de dezembro de 1930.
Com a deflagração da Revolução de 32 em 9 de Julho, o Governo de São Paulo houve por bem recriar a Arma da Aviação, agora sob o nome de Grupo Misto de Aviação da Força Pública, misto assim chamado por compor-se de aviadores da Força Pública e do Exército Brasileiro e que sob a célebre autonomásia de GAVIÕES DE PENACHO, compreendeu o esforço da aviação constitucionalista nos céus e ares de São Paulo nos 89 dias de luta que compreenderam a Revolução.
Iniciando suas atividades bélicas em base e campo de pouso e decolagem situados em área atualmente compreendida pelo SESI de Itapetininga a 17 de julho de 1932, os pilotos do Exército Brasileiro, da Força Pública e civis voluntários, bem como o pessoal de apoio e manutenção contavam inicialmente com apenas cinco aeronaves, dois aviões Potez- 25, dois Wacos CSO e um Newport-Delage 72, para fazer frente a dezenas de aeronaves pertencentes às forças adversárias, tanto da aviação do Exército quanto da Marinha.
Cabia também aos Gaviões de Penacho a defesa do três setores que dividido foi o Estado de São Paulo durante a revolução, fosse no bombardeio contra efetivos e instalações inimigas, fosse nos combates aéreos contra os “vermelhinhos” adversários.
A imensa extensão territorial do Estado, aliada ao enorme quantitativo de missões que atribuídas foram aos aviadores constitucionalistas levaram suas aeronaves ao extremo do uso operacional, bem com a realizarem verdadeiros atos de bravura e heroísmo nos céus de nosso estado, na maioria das vezes contra número superior de contendores.
Que as gerações presentes e futuras agradeçam e honrem os nossos guardiões alados de ontem e hoje pelos relevantes serviços prestados tanta na paz quanto na guerra e pela glória imarcescível que colheram por São Paulo e pelo Brasil.”
Capa da Revista O Cruzeiro, 12/11/1932.(Arquivo pessoal) |
Imagem do Jornal Diário Da Noite, 1957. (Arquivo pessoal) |
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
22/10/2019.