sexta-feira, 25 de agosto de 2017

DIA DO SOLDADO.



Homenagem Especial.


Dia 25 de Agosto, Dia do Soldado, esta comemoração faz referência à data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 1803. O renomado oficial foi considerado o patrono do Exército Brasileiro e, pela honra desse título, o Dia do Soldado constitui-se como uma homenagem ao seu nascimento.

Vamos homenagear os Heróis Soldados Brasileiros, nesta publicação presto homenagens também às Mulheres Soldados e representando estas heroínas uma das primeiras mulheres a alistar-se no 1 º Batalhão Piracicabano em 1932, Maria de Almeida Silveira.


Maria de Almeida Silveira



“Durante o Movimento Constitucionalista houve mulheres que se destacaram pela sua abnegação e patriotismo. No setor Sul, Da. Maria de Almeida Silveira filha de Ignácio Florêncio da Silveira, tomou parte ativa ao lado de seu marido, Sr. Benedito Silveira Franco, trabalhando primeiramente como enfermeira da Cruz Vermelha, dispensando aos feridos toda atenção e carinho sem distinguir os soldados paulistas ou prisioneiros de outros Estados do Brasil. Quando no Setor Sul houve uma crise no setor de Intendência e o pessoal da cozinha resolveu entrar para a linha de combate, Da. Maria Silveira trocou o avental de enfermeira pelo gorro de Mestre Cuca.
A atuação desta senhora foi tão grande que despertou simpatia de todos que se achavam servindo no mesmo destacamento. Por essa razão o Gal. Hermegildo de Oliveira Carneiro, do Exército Nacional, acaba de sugerir a transladação dos despojos da heróica paulista, falecida nesta Capital em 1955, para o Monumento do Ibirapuera. O assunto foi tomado em consideração esperando-se que em futuro próximo seja concretizada essa idéia que é uma homenagem à mulher paulista que soube lutar pelo regime da Lei.”

O texto é uma transcrição de matéria publicada no Jornal “A Gazeta” de 10 de julho de 1958.

Na lista, a que tive acesso, dos Inumados no Monumento ao Soldado Constitucionalista não encontrei o nome da Sra. Maria de Almeida Silveira.


Maria de Almeida Silveira nasceu em Piracicaba, formada pela Escola Normal na turma de 1927, era filha de Inácio Florêncio da Silveira – irmão benemérito da Santa Casa de Piracicaba – e de Dona Iaiá, Antônia de Barros Silveira. Ao estourar a Revolução Constitucionalista de 1932, Maria foi uma das primeiras a alistar-se, convocando mulheres, fazendo discursos, vestindo o uniforme de enfermeira e indo para o front.




Parte do texto transcrito, Jornal "A Gazeta".





Recorte de jornal sem data e sem ref. ao jornal
 texto semelhante ao que transcrevi.(arquivo pessoal).





Fonte.

Jornal “A Gazeta” de 10 de julho de 1958, arquivo pessoal.





Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
25/08/2017.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Os irmãos Silveira Mello na Revolução de 1932.



O jornal “Folha da Manhã” de 21 de agosto de 1932 publicou a seguinte matéria na coluna “Respigando”:

“O gesto de Piracicaba é a demonstração prática do sentimento que anima todas as cidades paulistas, cada uma delas empenhada em querer ser a primeira em contribuir para a grande luta que dentro de breves dias há de redimir o Brasil.
Piracicaba que à causa constitucionalista deu todo seu apoio moral e material, acaba de perder, nas linhas de frente, o seu primeiro voluntário, o jovem Ennes Silveira Mello, pertencente a tradicional família paulista. E a terra de Prudente de Moraes recebeu com carinho os despojos do valoroso soldado da lei, prestando-lhe as suas homenagens. O corpo inanimado não abateu, entretanto, o moral da família do morto, assim como não arrefeceu o entusiasmo da mocidade piracicabana. A mãe contendo as lagrimas, dá ao filho o seu beijo de despedida e, junto do seu corpo ainda quente, concita os irmãos a que prossigam na campanha, até a vitória final; Piracicaba, para substituir o seu primeiro soldado que tombou, mandava no mesmo dia de seu sepultamento, mais cinquenta e cinco voluntários.
Os telegramas dirigidos aos senhores Francisco Morato, Paulo de Moraes Barros e Gal. Bertholdo Klinger pelo prefeito da culta cidade paulista não apenas nos comovem, mas também, nos enchem de orgulho por pertencermos a uma raça cuja fibra e cujos feitos nada ficam a dever aos das grandes raças que a História do Mundo celebra em suas páginas.
A cada soldado da lei que morre varado pelas balas ditatoriais, cinquenta e cinco correm para tomar o seu lugar nas linhas de fogo!
Só uma causa nobre e digna poderia operar este prodígio. E que nos levantamos e que de pé permaneceremos até ver o Brasil restituído ao império. Para isso, não faltam nem homens nem patriotismo.”
“Respigador” (acervo.folha.uol.com.br)







ENNES SILVEIRA MELLO
Ennes nasceu em 27 de novembro de 1905. Era solteiro e agrimensor.
Ennes fez parte do primeiro Batalhão de Voluntários de Piracicaba e partiu para os combates na Frente Norte, em proteção da Fazenda Moraes em Queluz. No dia 15 de agosto de 1932, estava, com outros soldados, construindo um abrigo contra aviões na trincheira onde se encontravam. Tudo estava calmo, não havia batalha. Ennes saiu da trincheira para buscar taquaras que camuflassem a defesa quando foi atingido por rajadas de metralhadora que, na véspera, tinha sido montada, pelo inimigo, numa moita. Levado para o Hospital de Cruzeiro, morreu no dia 17.
             A morte de Ennes Silveira Mello acendeu ainda mais o fervor patriótico em Piracicaba. A mãe de Ennes, Malvina, em vez de lamentar a morte do filho, convocou a juventude para continuar a luta. Para o lugar de Ennes Silveira Mello, apareceram mais 50 voluntários.




JOÃO GENNES SILVEIRA MELLO.  
Nasceu em Piracicaba, foi Voluntário na Revolução Constitucionalista de 1932 e serviu com logísticas no trem de viveres da Sorocabana para o Paraná.

“O irmão de meu pai, Ennes da Silveira Mello, herói piracicabano tem até uma praça em Piracicaba com o seu nome, meu avô paterno José da Silveira Mello e Malvina Sampaio Silveira Mello, meu pai Joao Gennes da Silveira Mello. Eu vivo tem 20 anos nos EUA em Miami, meu irmão Joaquim Mello vive em São Paulo é arquiteto formado pelo Instituto Mackenzie.”
Palavras de João Mello, filho de João Gennes da Silveira Mello.


Ennes e João Gennes, eram filhos de José da Silveira Mello e Malvina Sampaio Silveira Mello.



Léo Silveira Mello, pai de meu marido, era primo de Ennes e João Gennes, também foi voluntário na Revolução Constitucionalista de 1932.
Veja em:




Agradecimento especial a João Mello pelo depoimento.



Batalhão Piracicabano.(fot. ilustrativa).




Fonte.   
  
www.aprovincia.com.br › Posts › Memorial Piracicaba › Especial
acervo.folha.uol.com.br
http://www.camarapiracicaba.sp.gov.br/revolucaoconstitucionalista-de-1932-31602





Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
15/08/2017.

sábado, 12 de agosto de 2017

DIA DOS PAIS, 13 de agosto de 2017.


Joaquim Norberto de Toledo Junior, meu pai, Voluntário Constitucionalista no 1 º Batalhão Piracicabano, filho do Tenente Coronel Joaquim Norberto de Toledo, meu avô, membro da Comissão de Alistamento do M.M.D.C. e da Secção de Assistência às Famílias de Voluntários.



Meu pai retratado por seu irmão Geraldo Pinto de Toledo.





Joaquim N. T. Junior - 1918.










Joaquim N.T.Junior - 1932 em S.Paulo.





Em S.Paulo em 1948, com seu primeiro filho.




9 de julho de 1957, meus irmãos e eu.





1957





Cel. Joaquim Norberto de Toledo




Carta de meu avô ao meu pai em agosto de 1932:


“Piracicaba, 30 de agosto de 1932.
Caro Quinzinho
Pedimos a Deus para que esta vos encontre gozando de boa saúde, bem assim os meus netos e os nossos amigos, e que assim continuem até o fim desta guerra provocada pelos inimigos de S. Paulo. Nós de casa gozamos saúde, graças a Deus.
O Luiz está aqui em tratamento (vai bem), com oito dias de licença, que termina amanhã. Como ele ainda não está bom e está precisando de mais uma licença de uns 20 dias, o prefeito está providenciando perante o I. General de S. Paulo nesse sentido
Daqui tem continuado a ir muitos voluntários para S. Paulo. Aqui estão, licenciados o Ditoca, Ricardo, Otavião (este devido a um incomodo serio numa perna, parece que varizes), e alguns outros. Pelo que vocês já tem feito aí, nas trincheiras, etc., era justo que você e o Geraldo tivessem uma licença para virem nos ver os que vos querem tanto.
[...] O Luiz, a Luisinha e Aparecida vão passar uns dias lá na fazenda. Para o Luiz fará bem sua estada lá. Eu irei para voltar no dia seguinte. [...] Com o serviço de assistência às famílias dos soldados e dos voluntários, não posso sair daqui. [...]
Você, Geraldo e os netos aceitem muitas lembranças de todos de casa, inclusive Antoninho. Aí vão apertados e saudosos abraços e ... de pai.
Lembranças a Balestreros.
Jm N. de Toledo”





Os bons exemplos dos pais serão sempre seguidos por seus filhos.


Quero deixar esta homenagem, neste dia especial, a meu pai, meu avô e desejar a todos os pais um Feliz Dia!


Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
12/08/2017
         

terça-feira, 8 de agosto de 2017

"AO SOLDADO E AO POVO PAULISTA"



Este é um relatório, assinado por Chico Senne, Prefeito de Queluz, fiz a transcrição do  texto contido no livro “Recordações de 32 em Cachoeira”. Trata-se de um boletim de incentivo, distribuído ao povo paulista.
No dia 10 de agosto Chico Senne chegava em Cachoeira, vindo de Queluz, sua cidade encontrava-se em uma situação gravíssima onde o Cel. Theophilo Ramos não media esforços para conter o avanço do inimigo.


[...] “Aqui, em Cachoeira, o Chico Senne redigiu o seu relatório ao Departamento de Administração Municipal.”
“A 11 ao aeroplanos, nos seus habituais voos, nos atiravam das alturas mais um boletim com os seguintes dizeres:

"AO SOLDADO E AO POVO PAULISTA"

"Ao cabo de um mês de luta fraticida as tropas em sua irresistível ofensiva atingem Areias e Queluz. Na frente Paraná nossas tropas ocuparam Faxina, Bury, Apiahy, Itaporanga e Jacarezinho.
Na frente mineira, São João da Boa Vista, Jacutinga e Jaguary caíram em poder da nossa tropa. Vitoriosa em todos os encontros prossegue a ofensiva sobre São Paulo. O Brasil inteiro, unido e coeso repele o criminoso assalto ao poder, tentado pelos politiqueiros que sempre, na fábrica ou no cafezal, mantiveram a grande massa trabalhadora escravizada aos seus baixos e mesquinhos interesses e ambições, culminando hoje na efusão de sangue de irmãos. O Brasil luta afim de libertar São Paulo desses eternos exploradores, reintegrando o seu povo na comunhão nacional. De todos os recantos da Pátria milhares de homens acorrem ao seu apelo para que se mantenha a integridade territorial ligada à nossa geração pelos que a constituíram, há um século, em nação independente.
É inútil a vossa resistência, ante os poderosos meios materiais e morais de que dispomos os quais dia a dia aumentam em escala considerável.
Não combatemos São Paulo, cujo progresso é motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lutamos com o coração sangrando de dor, mas convencidos de que estamos cumprindo o mais alto dos deveres patrióticos.
Vós que primeiro ouvistes o grito do Ipiranga não deveis concorrer para que um século após se rompam os vínculos que até aqui uniram todos os brasileiros em torno da mesma bandeira.
O Brasil consternado, mas resoluto, vem diante de vós para exortar-se a abandonar as fileiras secessionistas e reunir-vos aos vossos irmãos do Norte, do Centro, do Sul que vos receberão fraternalmente, para que possais colaborar na obra de reconstrução nacional em que nos achamos empenhados.
Paulistas!
O Brasil espera que, neste angustioso pranto da vida nacional, sem deixar de ser paulistas, sabereis ser brasileiros.
Os Generais Góes Monteiro e Waldomiro de Castilho Lima asseguram plenas garantias a todos aqueles que espontaneamente se apresentarem aos nossos postos avançados.
Por duas vezes, já vos deu o primeiro, a paz, agora ambos vos darão a paz e a tranquilidade que careceis afim de progredirdes no vosso grandioso trabalho em terras da Pátria Unida.
Q.G. 9 de agosto de 1932.
Estado Maior do Destacamento do Exército do Leste”.


Mais um documento comprovando a participação da Vila Jaguari citada no relatório, hoje Jaguariúna, nos combates que ocorreram na Frente Leste ou Frente Mineira na Zona Mogiana.


Ponte sobre o Rio Paraíba, dinamitada em 1932 para impedir o avanço das tropas do governo.
http://ferreo.blogspot.com.br




Prefeito de Cachoeira.



Fonte.
Ramos, A., Recordações de 32 em Cachoeira e setores – Euclides de Figueiredo – Goes Monteiro – Cristovam Barcellos.  Valle do Parahyba: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, São Paulo, 1937. 455p.



Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
08/08/2017

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...