“SE FOR PRECISO, EU TAMBÉM VOU!”
Com o início da luta armada, alguns batalhões foram criados por categoria especificas, como os Batalhões: dos Universitários, dos Comerciantes, dos Operários, dos Esportistas e também os das crianças, os Batalhões Infantis.
Muitos destes Batalhões Infantis foram formados nas escolas, como atividades extraescolares coordenadas por professores simpatizantes do movimento e em apoio às tropas. As crianças participaram também por meio de batalhões criados espontaneamente pelos bairros da capital e do interior, como exemplo o “Batalhão 7 de Setembro da Mooca”.
Os Batalhões Mirins desfilavam com cartazes e faixas com dizeres de incentivo aos soldados e familiares. Algumas das frases usadas que ficaram mais marcantes: “Tudo por São Paulo e o Brasil”, “Constituição ou morte!”, Estamos prontos para partir junto ao Catete” e a mais famosa e comovente “Se for preciso, eu também vou!”.
Algumas crianças chegaram a ir para as frentes de combate como o garoto, Oscar Rodrigues, trabalhava no M.M.D.C. em São Paulo e partiu escondido, como ele muitos outros foram para o front. Confirmando o dístico dos Batalhões Infantis: “Se necessário também iremos!”
Os escoteiros também participaram ativamente do movimento, como auxiliares nas Casas dos Soldados, junto à Cruz vermelha e outras tarefas mais arriscadas como a de mensageiros onde tinham que enfrentar tiroteios e escapar de bombardeios aéreos. Alguns chegando a dar a própria vida como foi o caso do garoto de Campinas, Aldo Chioratto de apenas 10 anos o qual faleceu ao ser atingido durante um bombardeio provocado por aviões, os vermelhinhos.
A infância de São Paulo participou do grande movimento. O ideal revolucionário não tinha limite de idade e o entusiasmo dos adultos se transferia, na mesma escala, as crianças que viam nos pais e irmãos o exemplo a seguir na luta onde se exigia de cada um o máximo de sacrifício pela vitória sobre as forças de opressão e violência, “Se for preciso, eu também vou!” era o lema que punha na reserva a tenra geração bandeirante.
A geração-mirim não ficou ausente. Herança de coragem e de fé nos ideais de liberdade, que jamais morrerão em São Paulo!
Crianças em desfile apoiando os soldados que partiam para o front. |
Oscar Rodrigues. |
Participação das crianças nas atividades dos soldados. |
Homenagem das crianças à Cruz Vermelha e aos Soldados Constitucionalistas. |
Aldo Chioratto. |
Na despedida, o exemplo a seguir. |
Fonte.
Revistas, acervo pessoal:
“Manchete” – Especial A História de uma Revolução,10 de jul.de 1954.
“Mundo Ilustrado” – Especial A Epopéia Paulista de 32, nº 75, 7 de jul. de 1954.
“Mundo Ilustrado”, Especial sobre Revolução de 1932, nº 28, 10 de jul. de 1956.
Publicação “Constitucionalista – 80 Anos da Revolução de 1932” - Câmara do Deputados.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
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