Uma frente de combate chamada “Linha Nossa Senhora Aparecida” ou um Batalhão Padroeira do Brasil soam estranho para quem pouco sabe sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, mas existiu. Durante os três meses de conflito, Nossa Senhora esteve nas trincheiras, presente nos corações dos leigos e religiosos que lutaram pela democratização do país.
O nome da linha de combate foi uma homenagem à Padroeira do Brasil feita pelo Estado Maior do Exército Constitucionalista. A data cívica mais importante para o Estado de São Paulo não envolveu oficialmente a Igreja Católica, mas também não impediu a atuação de religiosos que concordavam com a proposta revolucionária de apoiar o Movimento que exigia uma nova Constituição para o Brasil e a manutenção do respeito político pelo Estado de São Paulo.
Um número considerável de Soldados Constitucionalistas eram devotos de Nossa Senhora Aparecida, carregavam sua medalha pendurada em seus uniforme ou em uma corrente e contavam com sua proteção durante os combates nas trincheiras.
Os exploradores de trincheiras e campos de batalhas comumente encontram medalhas de Nossa Senhora, entre outras, enterradas junto a cartuchos e outros artefatos bélicos.
Os Soldados costumavam passar pela cidade de Aparecida para render homenagens à Santa e agradecer pela proteção. A pequena cidade sofreu diversos ataques aéreos .
Entre as recordações da Revolução de 1932 guardadas por meu pai, encontrei a medalha de Nossa Senhora, da qual ele e a família eram devotos e impressos ofertados pela Igreja com orientações aos soldados.
|
Verso da Medalha |
A seguir mais algumas Medalhas Santas de meu pai.
Impressos distribuídos aos Soldados.
Verso |
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário