Cartão-postal em homenagem ao M.M.D.C., com as inscrições em latim:
Dulce et decorum est pro patria mori (“É doce e honrado morrer pela pátria”),
Pro brasilia fiant eximia (“Pelo Brasil faça-se o melhor” ),
Non ducor, duco (“Não sou conduzido, conduzo”) e
In Hoc Signo Vinces ("Com este sinal vencerás")
23 de Maio de 1932 foi o dia em que quatro jovens valentes, perderam a vida por se dedicarem a um ideal cívico, em solidariedade ao povo brasileiro. Foram mortalmente feridos, em praça pública, durante uma passeata em São Paulo, onde era reivindicada a liberdade, uma nova Constituição.
Martins, Miragaia, Drausio e Camargo (MMDC) tombaram em nome da liberdade, estas mortes não foram em vão e hoje têm seus nomes gravados no Livro dos Heróis da Pátria (Lei 2430 de 20 de junho de 2011).
Muitos são os heróis, alguns anônimos, que sacrificaram suas vidas por um Brasil melhor e mais justo. Nesta homenagem que o Núcleo de Correspondência “Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna” faz, a estes homens de fibra, em sua maioria paulistas, transcrevo a história de Domingos Francisco de Medeiros o qual morreu em campo de batalha e que deixou, além de seu nome como referência de sua vida, apenas uma fotografia e um endereço. Herói de vida anônima, tem seu nome gravado para sempre no Panteão de Heróis, o livro Cruzes Paulistas, Os que Tombaram em 1932, Pela Glória de Servir São Paulo.
“Domingos Francisco de Medeiros, Soldado Voluntário.”
Incorporado em São Paulo, ao 11º B.C.R, do Batalhão “Bento Gonçalves”, Domingos Francisco de Medeiros partiu para uma das frentes de combate, sob o comando do Tenente Coronel Urbano Cesar da Cunha Lessa.
Segundo informações de oficiais e companheiros, foi um valente soldado, tendo se destacado em inúmeros combates travados na Região Norte, onde se encontrou sempre na primeira linha. Foi, também, uma das vítimas dos estilhaços de granada que estourou em Morro Verde, no Setor de Vila Queimada, no dia 1º de setembro de 1932. O que mais influiu para a admiração que se formou em torno de Domingos Medeiros foi a sua idade. Tinha 50 anos e se portava, sempre, como um jovem, pela tenacidade e pela bravura.
Seu corpo foi sepultado no próprio local em que tombou.
Junto a seu corpo foi encontrado uma ficha com seu retrato e um endereço: Rua Christovam Diniz, 9.”
Assim estava descrito sua história no Livro Cruzes Paulistas de 1936.
Pelo Decreto de 19 de maio de 1971 foi autorizado pelo Governador do Estado de São Paulo, Laudo Natel, que os despojos de Domingos Francisco de Medeiros, entre outros, fosse transladado para o Monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista em São Paulo.
A seguir imagens de Jornais da época informando sobre a partida do Batalhão "Bento Gonçalves", ao qual Domingos Francisco de Medeiros estava incorporado, para as frente de batalha.
O Núcleo de Correspondência” Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna”, honra a todos os Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932, Jovens Soldados Constitucionalistas. Que suas histórias de vida fiquem gravadas para sempre e que sirvam de exemplo para gerações futuras, por seus feitos, sua coragem, seu civismo, sua solidariedade e sua lealdade.
Fonte.
MONTENEGRO, B; WEEISSHON, A.A (org.) Cruzes Paulistas: os que tombaram em 1932 pela glória de servir São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1936. 516p.
pt.wikipedia.org
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
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