“Assim
pois, surgiu São Paulo, pelo século XVII a dentro, murado de toras e rudes
taipas, como se fora uma praça de guerra medieval” (Taunay).
O
nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de
janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo
Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de
Jesus: "A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em
paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do
Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!”
Em
470 anos são muitas histórias para lembrar e homenagear, é a História de um
povo guerreiro, destemido e realizador. São Paulo sempre teve grande importância para
o Brasil, já reconhecida no poema de Cláudio Manoel da Costa, e se dá graças a
sua imensa diversidade social e conexão com outras localidades dentro e fora do
Brasil e também por ser um importante polo cultural e artístico.
Canto VI, do poema Vila Rica (1773) do poeta Cláudio Manoel da Costa
[...] “Levados do fervor que o peito
encerra
Vês os Paulistas, animosa gente,
Que ao Rei procuram do metal luzente
Co'as próprias mãos enriquecer o Erário.
Arzão é este, é este o temerário,
Que da Casca os sertões tentou primeiro.
Vê qual despreza o nobre aventureiro
Os laços e as traições, que lhe prepara
Do cruento Gentio a fome avara.
A exemplo de um contempla iguais a
todos,
E distintos ao Rei por vários modos
Vê os Pires, Camargos e Pedrosos,
Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos,
Lemos, Toledos, Paes, Guerras, Furtados,
E os outros, que primeiro assinalados
Se fizeram no arrojo das conquistas,
Ó grandes sempre, ó imortais Paulistas!
Embora vós, Ninfas do Tejo, embora
Cante do Lusitano a voz sonora
Os claros feitos do seu grande Gama,
Dos meus Paulistas louvarei a fama.
Eles a fome e sede vão sofrendo,
Rotos e nus os corpos vêm trazendo;
Na enfermidade a cura lhes falece,
E a miséria por tudo se conhece.
Em seu zelo outro espírito não obra
Mais que o amor do seu Rei: isto lhes
sobra.
Abertas as montanhas, rota a Serra,
Vê converter-se em ouro a pátria terra;
O Etíope co'os Índios misturado
Eis obedece ao próvido mandado
Dos bons Conquistadores: desde o fundo,
De ouro e diamantes o país fecundo
Produzas grandes, avultadas somas.”
[...]
Imagem - http://historiadesaopaulo.blogspot.com/
PARABÉNS SÃO PAULO!!!!
Editado e publicado por Maria Helena de
Toledo Silveira Melo
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