quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO, SP – 470 ANOS!

 




“Assim pois, surgiu São Paulo, pelo século XVII a dentro, murado de toras e rudes taipas, como se fora uma praça de guerra medieval” (Taunay).

 

 




O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus: "A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!”

Em 470 anos são muitas histórias para lembrar e homenagear, é a História de um povo guerreiro, destemido e realizador.  São Paulo sempre teve grande importância para o Brasil, já reconhecida no poema de Cláudio Manoel da Costa, e se dá graças a sua imensa diversidade social e conexão com outras localidades dentro e fora do Brasil e também por ser um importante polo cultural e artístico.

 

Canto VI, do poema Vila Rica (1773) do poeta Cláudio Manoel da Costa

[...] “Levados do fervor que o peito encerra

Vês os Paulistas, animosa gente,

Que ao Rei procuram do metal luzente

Co'as próprias mãos enriquecer o Erário.

Arzão é este, é este o temerário,

Que da Casca os sertões tentou primeiro.

Vê qual despreza o nobre aventureiro

Os laços e as traições, que lhe prepara

Do cruento Gentio a fome avara.

A exemplo de um contempla iguais a todos,

E distintos ao Rei por vários modos

Vê os Pires, Camargos e Pedrosos,

Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos,

Lemos, Toledos, Paes, Guerras, Furtados,

E os outros, que primeiro assinalados

Se fizeram no arrojo das conquistas,

Ó grandes sempre, ó imortais Paulistas!

Embora vós, Ninfas do Tejo, embora

Cante do Lusitano a voz sonora

Os claros feitos do seu grande Gama,

Dos meus Paulistas louvarei a fama.

Eles a fome e sede vão sofrendo,

Rotos e nus os corpos vêm trazendo;

Na enfermidade a cura lhes falece,

E a miséria por tudo se conhece.

Em seu zelo outro espírito não obra

Mais que o amor do seu Rei: isto lhes sobra.

Abertas as montanhas, rota a Serra,

Vê converter-se em ouro a pátria terra;

O Etíope co'os Índios misturado

Eis obedece ao próvido mandado

Dos bons Conquistadores: desde o fundo,

De ouro e diamantes o país fecundo

Produzas grandes, avultadas somas.” [...]

 


Imagem - http://historiadesaopaulo.blogspot.com/


PARABÉNS SÃO PAULO!!!!

 




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo

 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

DOMINGOS ALLEMAGNA

 

Soldado Constitucionalista no Batalhão 9 de Julho (Voluntários).

Exército Constitucionalista do Setor Leste.

 

Domingos Allemagna (Mimi)



Domingos Allemagna (Mimi) era natural de Jaboticabal, SP, nasceu em 26 de dezembro de 1904, era filho de Arturo Allemagna e de Josephina Fucciolo Allemagna. Era noivo de Dolores Martins.

Viajava para a casa Pratt quando se alistou. Era ele Cabo da 1ª Companhia do 4º Batalhão 9 de Julho, tendo se incorporado em São Paulo a 18 de agosto de 1932.

No dia 4 de setembro, morreu atingido na cabeça por tiros de metralhadora quando defendia a posição que ocupava no Morro do Gravi, próximo à Itapira, SP, onde foi sepultado. Posteriormente transladado para o Cemitério de Jaboticabal.

 

TUMULO DE DOMINGOS ALLEMAGNA (MIMI).

 

Túmulo de Domingos Allemagna, Jaboticabal, SP.


O túmulo de Domingos Allemagna, no Cemitério de Jaboticabal, recebe muitos visitantes que vão agradecer a graças recebidas pois, Mimi é considerado Santo Popular da cidade.

O túmulo de Mimi tem, no topo, um capacete militar e uma réplica de munição que faz alusão ao fato de ter sido um combatente.

 


Lapide no túmulo de Domingos Allemagna





PARTICIPAÇÃO DE JABOTICABAL

 

No dia 17 de julho, um domingo, o jornal “O COMBATE” estampava a seguinte manchete: “A ARRANCADA CONSTITUCIONALISTA CONTRA A DICTADURA. SÃO PAULO FORTE E COHESO, AVANÇA DESTEMEROSAMENTE”

A primeira página do jornal é totalmente dedicada ao movimento revolucionário. O Redator destaca, logo de início, que “Jaboticabal, em cujo emblema está inscrito que nela perdura o espírito de gente paulista, também se levantou inteira e unida com todas as localidades irmãs deste São Paulo radioso e invencível”, afirmando, ainda, que Jaboticabal “saberá estar na vanguarda do movimento paulista, hoje já transformado numa desabalada avalanche cujo sustamento é impossível”.

O jornal também registra que, na quinta-feira, dia 14 de julho, portanto, cinco dias após a deflagração do movimento, Jaboticabal recebeu a visita de integrantes da Comissão especialmente designada pelo Comando da Revolução, para percorrer o Interior do Estado e estimular a participação de todos os paulistas nessa cruzada cívica. O objetivo de tal Comissão era a criação de um Serviço de Alistamento de Voluntários em cada cidade.

Recebida por inúmeras pessoas, a Comissão se dirigiu até o Hotel Municipal, onde a aguardava grande multidão.

Da sacada do Hotel Municipal, o Dr. Waldemar da Rocha Barros apresentou ao povo os membros da Comissão. Um dos seus integrantes, o Dr. José Alves da Motta, antigo Promotor Público da Comarca de Jaboticabal, saudou o povo esclarecendo os objetivos da caravana cívica e enaltecendo o movimento paulista contra a ditadura.

O povo foi convidado a participar de um comício que se realizou, a partir das 19:30 horas, no coreto do Jardim Público. Vários oradores fizeram uso da palavra: Prof. Romário Gouveia, Dr. José Ramalho Filho (advogado em Taquaritinga), Dr. Waldemar da Rocha Barros, Dr. César Salgado, Dr. José Alves Motta que empolgaram a formidável massa humana que cercava o coreto. A mulher jaboticabalense também se fez ouvir através das palavras da Acadêmica de Direito, Srta. Palmyra Gouveia.

Finalizando o comício, o Chefe da Caravana Cívica leu os nomes das pessoas que a partir daquele momento passavam a constituir a “Comissão Coordenadora do Movimento Constitucionalista”, presidida pelo Dr. Waldemiro Vieira Marcondes (Prefeito Municipal), e que tinha como membros o Dr. Alberto de Oliveira Lima(Juiz de Direito da Comarca), o Dr. Aristeu de Castro (Delegado de Polícia), o Dr. Elias da Rocha Barros (Presidente do Partido Democrático), o Major João Baptista Novaes (Presidente do Partido Republicano Paulista), os advogados: Dr. José Rodrigues Duarte e Dr. Milton Mattos Braga e o jornalista Mário Guarita Cartaxo.

Terminado o comício o povo participou de uma passeata cívica pelas ruas da cidade. Os jornais da cidade eram ponto de referência e os participantes da passeata fizeram uma parada em frente à redação de “O DEMOCRATA”, oportunidade em que a caravana foi saudada pelo Dr. Elias da Rocha Barros. Em seguida, nova parada, dessa vez defronte à redação de “O COMBATE”, cabendo ao Dr. José Murta Ribeiro, Promotor Público Interino e Estagiário junto ao Ministério Público, saudar a caravana.

Defronte ao Ginásio “São Luiz”, a caravana se deteve novamente e o Dr. José Alves da Motta saudou o Diretor do estabelecimento de Ensino, Prof. Aurélio Arrobas Martins. Respondeu pelo Ginásio um aluno das classes mais adiantadas, proferindo eloquente oração. O Prof. Arrobas Martins não conseguiu conter o ímpeto e proferiu magnífico discurso que encerrou com chave de ouro a esplêndida manifestação de civismo havida naquela quinta-feira, 14 de julho.

Três dias depois do início do levante, a Comissão Municipal recebeu as primeiras adesões de jaboticabalenses. Foram alistados 393 voluntários, no período de 12 de julho até 30 de agosto, incluídos nesse total os integrantes do “Batalhão Tonanni”.

Nos campos de batalha ficaram muitos mortos. Entre eles os jaboticabalenses: Domingos (Mimi) Allemagna, Norival Lacerda, Batista Tibério de Almeida, Nelson Spielmann, Raul Maçoni e Ari Cajado de Oliveira.

 

 Acesse o link para visualizar vídeo:

https://www.tiktok.com/@oqueteassombra_/video/7302932978601168133

 

 

Fonte.

Montenegro, B; Weisshon, A. A. (Org.) Cruzes Paulistas: os que tombaram em 1932 pela glória de servir São Paulo: Revista dos Tribunaes, 1936. 516p.

 

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Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Mensagem de Ano Novo, 2024.

 



Que este novo ano seja realmente o ano de paz, de atitudes positivas e progressas. Que o amor seja inspirador e a paciência determinante ao nosso convívio. Que tenhamos saúde no corpo e na alma e que sempre possamos ter fé e acreditarmos em nós, seres humanos. Renovação positiva e luz no caminho.

O Portal Trincheiras de Jaguariúna deseja a todos um Feliz Ano Novo!

Nara Nubia Alencar Queiroz





Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo, 01/01/2024


DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

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