PROTEÇÃO
AO CAVALO DE GUERRA
Pede-se a União
Internacional Protetora dos Animais a publicação do seguinte:
Em vários países
europeus, encontram os turistas monumentos consagrados ao Cavalo tombado nos
campos de guerra. É a gratidão humana que rende homenagem as virtudes do nobre
e valente animal. Colaborador precioso do soldado tem realmente o cavalo sido
de inestimável valor nos teatros de guerra, e o seu sacrifício, ao lado do
guerreiro, vem arrancando dos corações bem formados um sentimento de piedade e
gratidão. O Exército e a Força Pública do Estado contam neste momento alguns
milhares de cavalos, confrontando nas várias frentes paulistas, o furor das
metralhas. São candidatos à morte, mas são também candidatos a ferimentos mais
ou menos graves, que exigem curativos imediatos e bem feitos. São também
colaboradores dedicados do Soldado constitucionalista, que precisam, como este,
de alimento eficiente para fazer face as exigências maiores da campanha. Nos
ataques cerrados e nas marchas prolongadas.
Soldado mudo, não pode
o cavalo reclamar o que lhe falte. Falemos nós por ele pensemos. Ajamos por
ele! Pensemos por ele!
Nem por isso também
deixaremos de falar, de agir e de pensar pelo cavalariano que o cavalga e que o
estima, e que sofreria com ele se o visse extenuado, exausto e faminto ou
abandonado no campo de batalha sem o socorro necessário.
Eis porque a União
Internacional Protetora dos Animais vem procurando suavizar o sofrimento do
cavalo de guerra, contribuindo com donativos diretos ou angariados entre zoófilos
e quantos se interessem pela sorte do nobre animal, numa subscrição que tem
despertado a simpatia do comércio de alfafa, milho e farelo, de drogas para uso
veterinário e mais artigos utilizáveis em bem dos equinos. A essa subscrição
para a qual vimos pedir o apoio geral dos paulistas, não tem faltado igualmente
a cooperação de particulares.
Os donativos podem ser
feitos na União Internacional Protetora dos Animais, das 15 às 17 horas
diariamente sala 10, rua 15 de Novembro número 36.
Até
o presente já fizeram donativos as seguintes pessoas:
Pharmacia Ipiranga,
Drogaria Ipiranga, D. Elvira B. R. Silva, D. Fortunata Trioller, Dr. René
Trioller, Drogaria Bráulio, Casa Fretin e Sampaio Correia e Cia.
O
texto acima foi publicado no Jornal Folha
da Manhã em julho de 1932.
CAVALOS DE GUERRA.
Cavalo utilizado na 1ª Guerra Mundial.
Os
cavalos estão diretamente ligados à história de guerras e exércitos desde a
Antiguidade. Nesta época, carroças eram usadas como carros de combate e serviam
para mostrar a força de um povo! Inúmeros cavalos foram usados durante a I
Guerra Mundial (1914 – 1918) e em outras Guerras ao longo dos anos.
Unidades
de cavalaria eram consideradas essenciais na ofensiva de uma força militar, mas
com o decorrer da guerra e com a vulnerabilidades desses animais, a cavalaria
foi sendo substituída por tanques. Mas há de se reforçar que os cavalos
desempenharam um importante papel durante o conflito.
Ele era o animal
considerado mais parecido com o ser humano, além de o mais numeroso nos
acampamentos e próximo dos soldados. Os soldados da I Guerra conheciam bem seus
cavalos. Nas batalhas, cavalos e cavaleiros formavam um só e, por todos esses
motivos, perder o animal era particularmente doloroso, explica Damien Baldin,
historiador francês e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências
Sociais (Ehess), em Paris.
Entretanto,
os cavalos não eram usados apenas nos conflitos. Eram também essenciais no
envio de mensagens, assim como no transporte de armas, de suprimentos e também
de combatentes feridos. Claro que com todas essas tarefas, os cavalos
precisavam ser alimentados corretamente e isso demandava toneladas de insumos.
Cavalos
têm sido usados em policiamento em tempo de paz desde o século 17. A primeira
unidade policial montada oficial foi estabelecida em 1805 em Londres. O sucesso
foi tamanho que, em poucos anos, Austrália e Américas adotaram a ideia. E ainda,
nesta relação homem e cavalo, estes animais são muito utilizados em atividades
de equoterapia, auxiliando pessoas com algum tipo de
Sem eles seria
praticamente impossível avançar tanto, em tudo, na guerras e no desenvolvimento
humano como um todo, o homem e o cavalo estarão eternamente ligados!
O CAVALO
CONSTITUCIONALISTA
Uma
participação pouco conhecida do mundo rural no Movimento Constitucionalista se
deu com o cavalo Mangalarga. Esse cavalo de lida, trabalho e lazer assumiu o
emprego militar em 1932. E, nesse e em outros destinos, segue até hoje. Dada a
qualidade da tropa equina da região nordeste do Estado e o idealismo de sua
gente, ao irromper a Revolução Constitucionalista, constituiu-se o Regimento de
Cavalaria Rio Pardo. Voluntários de Orlândia, São Joaquim da Barra, Barretos,
Colina, Sales Oliveira, Morro Agudo, Jardinópolis, Ribeirão Preto e Cravinhos combateram
por São Paulo. Além dos cavalos da raça Mangalarga, recursos financeiros e
mantimentos foram doados por fazendeiros dessas cidades.
Em
9 de Julho de 2022 em nossa Exposição, montada na Fazenda da Barra, em
Jaguariúna, tivemos uma representação do Cavalo Constitucionalista, sobre manequins
de cavalos, foram montados, como na época, utilizando-se uma Metralhadora
Madsen e demais equipamentos originais, sob orientação e estruturação do
Capitão Flávio Costa e a apresentação pela CVMAISP.
Apresentação do Cavalo Constitucionalista por integrantes
da CVMAISP, vestindo a Farda Constitucionalista em
9 de Julho de 2022 em Jaguariúna, SP.
Cavalo Constitucionalista, Jaguariúna, SP.
Cavalos a serviço da Cruz Vermelha na 1ª Guerra Mundial.
Bibliografia.
https://alavoura.com.br/agro-inteligencia/o-cavalo-constitucionalista
https://cavalus.com.br/geral/cavalos-de-combate/
https://veja.abril.com.br/ciencia
Editado e publicado por Maria Helena de
Toledo Silveira Melo.
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