domingo, 7 de agosto de 2022

O CAVALO CONSTITUCIONALISTA

 

PROTEÇÃO AO CAVALO DE GUERRA

 

Pede-se a União Internacional Protetora dos Animais a publicação do seguinte:

Em vários países europeus, encontram os turistas monumentos consagrados ao Cavalo tombado nos campos de guerra. É a gratidão humana que rende homenagem as virtudes do nobre e valente animal. Colaborador precioso do soldado tem realmente o cavalo sido de inestimável valor nos teatros de guerra, e o seu sacrifício, ao lado do guerreiro, vem arrancando dos corações bem formados um sentimento de piedade e gratidão. O Exército e a Força Pública do Estado contam neste momento alguns milhares de cavalos, confrontando nas várias frentes paulistas, o furor das metralhas. São candidatos à morte, mas são também candidatos a ferimentos mais ou menos graves, que exigem curativos imediatos e bem feitos. São também colaboradores dedicados do Soldado constitucionalista, que precisam, como este, de alimento eficiente para fazer face as exigências maiores da campanha. Nos ataques cerrados e nas marchas prolongadas.

Soldado mudo, não pode o cavalo reclamar o que lhe falte. Falemos nós por ele pensemos. Ajamos por ele! Pensemos por ele!

Nem por isso também deixaremos de falar, de agir e de pensar pelo cavalariano que o cavalga e que o estima, e que sofreria com ele se o visse extenuado, exausto e faminto ou abandonado no campo de batalha sem o socorro necessário.

Eis porque a União Internacional Protetora dos Animais vem procurando suavizar o sofrimento do cavalo de guerra, contribuindo com donativos diretos ou angariados entre zoófilos e quantos se interessem pela sorte do nobre animal, numa subscrição que tem despertado a simpatia do comércio de alfafa, milho e farelo, de drogas para uso veterinário e mais artigos utilizáveis em bem dos equinos. A essa subscrição para a qual vimos pedir o apoio geral dos paulistas, não tem faltado igualmente a cooperação de particulares.

Os donativos podem ser feitos na União Internacional Protetora dos Animais, das 15 às 17 horas diariamente sala 10, rua 15 de Novembro número 36.

Até o presente já fizeram donativos as seguintes pessoas:                                 

Pharmacia Ipiranga, Drogaria Ipiranga, D. Elvira B. R. Silva, D. Fortunata Trioller, Dr. René Trioller, Drogaria Bráulio, Casa Fretin e Sampaio Correia e Cia.

 

O texto acima foi publicado no Jornal Folha da Manhã em julho de 1932.

 




CAVALOS DE GUERRA.

 



Cavalo utilizado na 1ª Guerra Mundial.


Os cavalos estão diretamente ligados à história de guerras e exércitos desde a Antiguidade. Nesta época, carroças eram usadas como carros de combate e serviam para mostrar a força de um povo! Inúmeros cavalos foram usados durante a I Guerra Mundial (1914 – 1918) e em outras Guerras ao longo dos anos.

Unidades de cavalaria eram consideradas essenciais na ofensiva de uma força militar, mas com o decorrer da guerra e com a vulnerabilidades desses animais, a cavalaria foi sendo substituída por tanques. Mas há de se reforçar que os cavalos desempenharam um importante papel durante o conflito.

Ele era o animal considerado mais parecido com o ser humano, além de o mais numeroso nos acampamentos e próximo dos soldados. Os soldados da I Guerra conheciam bem seus cavalos. Nas batalhas, cavalos e cavaleiros formavam um só e, por todos esses motivos, perder o animal era particularmente doloroso, explica Damien Baldin, historiador francês e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Ehess), em Paris.

Entretanto, os cavalos não eram usados apenas nos conflitos. Eram também essenciais no envio de mensagens, assim como no transporte de armas, de suprimentos e também de combatentes feridos. Claro que com todas essas tarefas, os cavalos precisavam ser alimentados corretamente e isso demandava toneladas de insumos.

Cavalos têm sido usados em policiamento em tempo de paz desde o século 17. A primeira unidade policial montada oficial foi estabelecida em 1805 em Londres. O sucesso foi tamanho que, em poucos anos, Austrália e Américas adotaram a ideia. E ainda, nesta relação homem e cavalo, estes animais são muito utilizados em atividades de equoterapia, auxiliando pessoas com algum tipo de

Sem eles seria praticamente impossível avançar tanto, em tudo, na guerras e no desenvolvimento humano como um todo, o homem e o cavalo estarão eternamente ligados!

 

 

O CAVALO CONSTITUCIONALISTA

 




Uma participação pouco conhecida do mundo rural no Movimento Constitucionalista se deu com o cavalo Mangalarga. Esse cavalo de lida, trabalho e lazer assumiu o emprego militar em 1932. E, nesse e em outros destinos, segue até hoje. Dada a qualidade da tropa equina da região nordeste do Estado e o idealismo de sua gente, ao irromper a Revolução Constitucionalista, constituiu-se o Regimento de Cavalaria Rio Pardo. Voluntários de Orlândia, São Joaquim da Barra, Barretos, Colina, Sales Oliveira, Morro Agudo, Jardinópolis, Ribeirão Preto e Cravinhos combateram por São Paulo. Além dos cavalos da raça Mangalarga, recursos financeiros e mantimentos foram doados por fazendeiros dessas cidades.

Em 9 de Julho de 2022 em nossa Exposição, montada na Fazenda da Barra, em Jaguariúna, tivemos uma representação do Cavalo Constitucionalista, sobre manequins de cavalos, foram montados, como na época, utilizando-se uma Metralhadora Madsen e demais equipamentos originais, sob orientação e estruturação do Capitão Flávio Costa e a apresentação pela CVMAISP.

 


Apresentação do Cavalo Constitucionalista por integrantes 
da CVMAISP, vestindo a Farda Constitucionalista em
9  de Julho de 2022 em Jaguariúna, SP.





                          



Cavalo Constitucionalista, Jaguariúna, SP.


Cavalos a serviço da Cruz Vermelha na 1ª Guerra Mundial.




 


Bibliografia.

https://acervo.folha.com.br/

https://alavoura.com.br/agro-inteligencia/o-cavalo-constitucionalista

https://cavalus.com.br/geral/cavalos-de-combate/

https://veja.abril.com.br/ciencia

 

Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


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