9 de Julho de 2020, um ano atípico nas comemorações do 88º Aniversário da Revolução Constitucionalista, como em 1932 estamos em uma guerra, só que agora os combates são contra um inimigo invisível, um vírus surgido na China e se espalhou por todo o planeta.
Corona Vírus, um vírus desconhecido pela ciência até há pouco, vem causando uma doença pulmonar grave, provocando uma doença batizada de COVID 19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo corona vírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
No Brasil, o enfrentamento à covid-19 começou em fevereiro, com a repatriação dos brasileiros que viviam em Wuhan, cidade chinesa epicentro da infecção. Em 15 dias, o país confirmou a primeira contaminação, quando a Europa já confirmava centenas de casos e encarava mortes decorrentes da covid-19.
No momento os dados do consórcio formado por veículos de imprensa contabilizam 48.584 novos pacientes da doença. O número atualiza para 1.674.655 o total de diagnósticos da doença. (Números do dia 08/07/2020).
Diante desta Pandemia medidas de proteção foram adotadas:
Medidas de proteção: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel e cobrir a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar e isolamento social evitando aglomerações.
Pelas razões expostas acima, as comemorações de Aniversário da Revolução Constitucionalista foram canceladas para evitar as aglomerações em espaços públicos e consequentemente evitando a disseminação do vírus.
Mas os entusiastas do Movimento Paulista, a Sociedade Veteranos de 32 – MMDC e seus Núcleos de Correspondências e Núcleos Base estão desenvolvendo diversas atividades virtuais para que os Heróis de 1932 sejam homenageados com todo respeito e dedicação que merecem. Que sua história não seja jamais esquecida e que seu legado de coragem, fé e patriotismo seja o caminho a ser seguido para um País onde reine a Lei e a Ordem.
9 DE JULHO DE 1932.
Há mais de 60 anos é comemorado, no 9 de Julho no Estado de São Paulo, o Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, com solenidades oficiais com a participação de um grande público civil e militar. A participação dos familiares dos “veteranos de 32” simbolizando os próprios Voluntários e Soldados Constitucionalistas do maior evento histórico armado do Brasil que se tornou a data máxima da história oficial paulista.
“Para se formar uma idéia do que representou o esforço de São Paulo, bastará lembrar que, 11 anos mais tarde, quando o Brasil decidiu entrar na guerra a favor dos aliados, quase dois anos foram consumidos no preparo de uma Força Expedicionária cujo efetivo não era maior do que o dos constitucionalistas civis postos nas trincheiras, em menos de um mês”. Disse o Cel. Euclides Figueiredo numa comparação entre a FEB e os Soldados Constitucionalistas.
Para se ter uma dimensão de engajamento do povo paulista comparamos o contingente da FEB, que era composta por 25.123 homens e na mobilização em São Paulo, no terceiro dia, chegou a 50.000 inscritos, a maior parte eram de voluntários civis. Afora as forças militares que apoiavam o Movimento Constitucionalista.
Nas palavras do poeta Paulo Bomfim, a descrição do que foi 32:
“O que foi 32?
Foi a soma dos sonhos e do sacrifício de um povo, a confraternização de raças e condições sociais no batismo das trincheiras; o esforço das indústrias, o despreendimento do comércio, a grandeza de uma causa, a generosidade dos moços, a participação dos cabelos brancos, o entusiasmo das crianças, a força que vem da mulher-terra paulista, o verbo dos poetas e dos tribunos, dos jornalistas e dos sacerdotes; a sacralidade da lei, o fuzil ao lado do livro, a trincheira continuação da escola, a caserna dependência do lar, o campo de batalha, sementeira de justiça!
O que foi 32?
Foi bandeira que voltou do passado, passado que se transformou em bandeira, bênção de Anchieta e de Frei Galvão, vigília de João Ramalho, grito de guerra de Tibiriçá, inspiração de Bartira, presença dos que partiram, convocação do amanhã, cocar-capacete de aço, gibão que virou farda cáqui, canoa monçoeira transformada em trem blindado, mortos e vivos marchando, igreja, escola, oficina em batalhões rezando a mesma oração, prece de amor e esperança, holocausto e clarinada, asa de glória gravando no sangue das gerações:
Em Cunha deixei meus olhos,
O rosto de minha noiva!
Em Buri ficaram as mãos,
A carícia decepada!
Em Eleutério meus lábios,
O riso da mocidade!
Em Sapecado, meus pés,
Os caminhos sem retorno!
Em Vila Queimada a chama
Do soriho dos 20 anos!
Em Cruzeiro o corpo em cruz
Aguarda a ressurreição!
No Rio das Almas sou alma,
A bênção de minha mãe!
Do túnel renascerei,
O voluntário paulista!
Enquanto houver injustiça,
Enquanto houver sofrimento,
Enquanto a terra chorar,
Enquanto houver pensamento,
Enquanto a história falar,
Enquanto existir beleza,
Enquanto florir paixão,
Enquanto o sonho for sonho,
Enquanto o sangue for sangue,
Enquanto existir saudade,
Enquanto houver esperança,
Enquanto os mortos velarem,
- É sempre 9 de julho!
Oficialmente foi criada a Lei Federal n. 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que dispõe sobre feriados, determina que a data magna do Estado, fixada em lei estadual, feriado civil. Assim sendo, no Estado de São Paulo, o então Deputado Guilherme Gianetti apresentou o Projeto de Lei n. 710/1995, que deu origem a Lei Estadual n. 9.497, de 05.03.1997, instituindo o dia 9 de julho como feriado civil do Estado.
Batalhão da Força Pública. |
Como bons guerreiros que somos saberemos superar e seguir em frente!
Salve 9 de Julho! Salve São Paulo!!!
Honras aos Heróis Constitucionalistas!!!
Fonte.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo
09/07/2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário