sexta-feira, 15 de novembro de 2019

“LIBERDADE, LIBERDADE ABRE AS ASAS SOBRE NÓS”




130 anos da Proclamação da República no Brasil.





Ilustração publicada na Revista Ilustrada em 16 de Novembro de 1889.


 

Em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca, principal representante do Exército da época, contando com apoio dos militares e dos republicanos, preparou um levante militar, obtendo, então, sucesso no golpe de Estado.
Essa movimentação resultou na demissão do Conselho de Ministros, bem como de seu presidente. Naquela noite, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto de Proclamação da República e instaurou um governo provisório, do qual ele seria o presidente, até que um novo fosse escolhido por meio de eleições.
O documento assinado por ele, além de legitimar o início da República, exigia a abdicação do imperador e que ele e a família deixassem o país. Assim, três dias depois, em 18 de novembro, Dom Pedro II, junto de toda a família imperial, retornaram à Europa.



Como surgiu a Marca usada nas comemorações do Centenário da República.

                                                            
Marca utilizada nas comemorações do Centenário da República.



No ano de 1989 o jornal “Correio Popular” de Campinas publicou um Suplemento Especial Comemorativo, neste um artigo sobre a “Marca” usada nos festejos dos 100 Anos da República, veja:

Símbolo dos festejos – Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós.


Os versos do Hino da República foram a inspiração óbvia dos designers Victor Burton e Isabella Perrotta para a criação da marca que acompanhará todas as comemorações do Centenário da República. O trabalho foi escolhido em concurso público de âmbito nacional, aberto à participação de qualquer cidadão brasileiro, entre 495 concorrentes.
Victor Burton, 33 anos, começou a trabalhar em design editorial na Itália, para uma editora especializada em livros e dezenas de projetos gráficos para livros de arte. Desde 1977, de volta ao Rio, criou cerca de 700 capas de livros e dezenas de projetos gráficos para livros de luxo, vários deles premiados e publicados em revistas internacionais de artes gráficas.
A coautora da marca, Isabella Perrotta, 28 anos, é formada pela Escola Superior de Desenho Industrial e pós graduação em ergonomia pela Fundação Getúlio Vargas. É professora de desenho industrial, escreve artigos para a revista “Design & Interiores”, teve trabalhos selecionados para a mostra gráfica no Brasil 89, no Museu de Arte Moderna do Rio, nas áreas de identidade visual, cartazes e convites e folhetos.
Victor e Isabella explicam que as asas da marca não são nem da águia republicana nem da pomba da paz. São brancas porque representam a idéia abstrata da liberdade, esse voo da imaginação humana que antecede e transcende à República. Daí, porque, também, as asas saem do limites do quadro de fundo num voo para a liberdade infinita.




Eleições comemoram centenário.


 No dia 15 de novembro de 1989, mais de 82 milhões de brasileiros foram consolidar, pelo exercício da cidadania que caracteriza a verdadeira República, o estado de direito restabelecido no Brasil pela Constituição de 1988. Era a primeira eleição direta desde 1960.
As comemorações foram iniciadas após as 19:00 horas, depois de fechadas as urnas em todo o País. Os Presidentes da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal estiveram no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes em Brasília, para inscreverem no Livro dos Heróis da Nação Brasileira os nomes dos primeiros homenageados: o Marechal Deodoro e Tiradentes, o precursor da Independência.





Ilustração GBN News




Fonte.

Correio Popular, Suplemento Centenário da República, 15 de nov. de 1989. (Arquivo pessoal)

jornalggn.com.br


http://www.gbnnews.com.br/


Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
15/11/2019.


 


 

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Fragmentos da Revolução de 32 em Muriaé, MG.













Fiz a transcrição de um trecho de uma matéria publicada no site de notícias de Muriaé, do jornalista Silvan Alves, o que relata a concentração de soldados na cidade de Muriaé que tinham como destino a cidade de Araponga, MG:

REPORTAGEM ESPECIAL: Fragmentos da Revolução de 32 em Muriaé.
Revolução Constitucionalista iniciada em julho em SP vem parar em Minas Gerais.


Nossa reportagem conseguiu no Museu Histórico José Henrique Hastenreiter e Arquivo Histórico Manoel Fortunato Pinto, de Muriaé, que funcionam no Paço Municipal, fotos importantes da Revolução de 32 guardadas ao longo das últimas Décadas.
Algumas fotos já estavam na Itália, uma vez que foram enviadas por um imigrante de Muriaé para um irmão naquele país (seria a Família Montesano). Mais tarde, um adolescente da família, foi à Itália conhecer seus descendentes e foi presenteado com as fotos que foram novamente trazidas para Muriaé.
Segundo o coordenador do Memorial Municipal, João Carlos Vargas, essas fotos estão no livro Tópicos da História de Muriaé, lançado pelo escritor muriaeense, o professor Joel Peixoto Manoel, que também fala sobre o assunto, entre outros fatos históricos de nosso município e região.
Nas fotos, militares do 9º Batalhão Provisório de Infantaria, que tinha como destino a cidade de Araponga, na região de Ervália e hoje Parque Estadual Serra do Brigadeiro; antes de seguir viagem no mês de agosto de 1932, ficaram concentrados em alguns pontos da cidade.
Na Igreja da Barra foi celebrada uma Missa Campal e na Praça Cel. Pacheco de Medeiros, posaram para fotos e receberam ações solidarias em frente à Prefeitura. Os militares chegaram pela Estação Ferroviária Muriahe, próximo a Vila Guarino (hoje região do Banco do Brasil e Triângulo) e ficaram concentrados também na Rua São Pedro.
Em Minas Gerais a Revolução Constitucionalista tinha o apoio de Arthur Bernardes.


Esta reportagem vem reforçar a matéria que publiquei neste blog em fevereiro de 2014, confirmando as informações que eu havia recebido de pessoas da cidade de Viçosa, da região da Zona da Mata mineira onde também está localizada Araponga.



Um parte da matéria publicada no meu blog:

[...] Assim, declarou Bernardes, que havia se aderido à causa paulista, pois, segundo ele, “para São Paulo se transferira a alma cívica do Brasil”.
Sem espaço em Belo Horizonte, seu papel foi a organização de uma frente revolucionária na Zona da Mata mineira, cuja sede seria sua cidade natal, Viçosa. Esta região era muito conhecida por seu caráter bernardista e, se havia algum lugar do estado onde a população poderia se engajar ao lado dos paulistas, esse lugar seria inevitavelmente a região de Viçosa.
 A maior parte da Força Pública de Minas Gerais estava estacionada no sul do estado em combates contra a Força Pública de São Paulo. Porém, o governo estadual não podia deixar a resistência bernardista de fora e decidiu enviar a Ponte Nova alguns batalhões, que deveriam impedir uma eventual tentativa tomada da capital mineira.
Enquanto isso, outros batalhões da polícia mineira atacavam Viçosa pelo sul, vindos de Muriaé. Artur Bernardes havia se tornado um inimigo de Minas Gerais, que deveria ser combatido firmemente. [...]
Veja a matéria completa no link a seguir:















 
 


Fonte.




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
08/11/2019

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Dia do Radialista.





Origem do Dia do Radialista


A data oficial para a comemoração do Dia do Radialista, 7 de novembro, é uma homenagem ao compositor, músico e radialista Ary Barroso, que nasceu em 7 de novembro de 1903, passou a vigorar nesta data com a promulgação da Lei nº 11.327, de 24 de julho de 2006.
Os radialistas também celebram o dia 21 de setembro, que se refere à data da criação da Lei que fixava o salário base para estes profissionais, em 1943.
Os radialistas ainda comemoram o Dia Mundial do Rádio, celebrado internacionalmente em 13 de fevereiro.



A Revolução fez celebridades.


A Revolução Constitucionalista de 1932 fez surgir celebridades na área de comunicação e artes uma delas foi César Ladeira, que ficou conhecido como a “Voz da Revolução”, locutor da Rádio Record, que contava diariamente o que se passava em São Paulo durante a Revolução Constitucionalista, foi para o Rio de Janeiro, para ser a voz das crônicas “Cidade Maravilhosa” de Genolino Amado (cujo o irmão Tenente Giuseppe Amado, foi constitucionalista). Outra celebridade, Almirante, que aparecera com o Bando Tangarás, gravando “Na Pavuna”, e que lançou a marcha “Trem Blindado”, sucesso do carnaval de 1933. Outra, Joaquim Rolla, emissário de Arthur Bernardes a São Paulo e criador do A-E-I-O-URCA.




Joaquim Rolla.


Na Revolução Constitucionalista de 1932, Joaquim Rolla, apoiou os paulistas ao lado de Artur Bernardes e permaneceu preso por um período. Nos anos 30, quando o jogo foi reaberto, começou a comprar as ações no cassino da Urca, que ficava em bairro retirado do Rio. Aos poucos foi assumindo o controle. De posse do cassino, promoveu uma revolução sem paralelo na época.



Almirante - Henrique Foréis Domingues.




Henrique Foréis Domingues - Rio de Janeiro RJ 1908 - idem 1980. Compositor, cantor, radialista, pesquisador. É apelidado de Almirante na juventude, quando serve a Reserva Naval. Inicia-se em 1928 no grupo amador Flor do Tempo como pandeirista, e mais tarde como cantor no Bando de Tangarás, seu codinome na Era de Ouro do Rádio era: "a mais alta patente do Rádio". Foi contratado como cantor do Programa Casé.




César Ladeira.


 César Rocha Brito Ladeira, mais conhecido como Cesar Ladeira, (Campinas, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1969) foi um radialista brasileiro, ficou conhecido como "A voz da Revolução Constitucionalista", que ocorreu em 1932, e veio a se tornar um dos ícones da era de ouro do rádio no Brasil e dos mais famosos locutores do país, em 1932.
Iniciou sua carreira em 1931, como locutor da Rádio Record de São Paulo, para onde fora convidado, quando era estudante de direito, a fazer um teste e, em vez de ler anúncios, proferiu um discurso contra o ditador Getúlio Vargas - o que agradou, junto a sua voz, a direção da emissora.
Durante a Revolução Constitucionalista, a Record decidiu realizar programas políticos e, para isto, estabeleceu uma parceria com a Rádio Mayrink Veiga, carioca, tendo Ladeira como seu principal locutor; ele então realizava veementes discursos nos quais exortava a população a lutar e resistirem ao governo que infringia a Constituição do país; a revolta durou dois meses, sendo suplantada pelo novo regime e Ladeira acabou preso; no cárcere, aproveitou o tempo para escrever um livro, publicado mais tarde, sendo a primeira obra no país a versar sobre o rádio.
Veja mais, sobre César Ladeira em:




Fonte.

Revista Manchete, 1954 (Arquivo pessoal).


Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
07/11/2019



DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...