PARABÉNS SÃO PAULO!!!
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Bandeira da Cidade de São Paulo NON DUCOR DUCO. |
Os Paulistas sempre foram homenageados em verso e prosa, desde os tempos mais remotos, por seu destemor, pelo seu civismo e solidariedade e por ser um povo ordeiro e trabalhador, brava gente brasileira que comemora, neste ano de 2019, os 465 anos da maior metrópole da América do Sul!
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Ilustração jornal "A Gazeta" 1954. |
Raça de Gigantes!
Auguste Saint-Hilaire, naturalista francês, em 1819 na sua obra “Viagem à Província de São Paulo”, faz uma síntese da história luso paulista, escrevendo:
“O interior do Brasil não foi sempre cortado por estradas e semeado de habitações hospitaleiras. Tempo houve em que não havia nenhuma cabana no mesmo, nenhum vestígio de cultura, só havendo as feras que lhe disputavam o domínio. Os Paulistas palmilharam-no em todos os sentidos. Esses audaciosos aventureiros, como se verá mais para diante, pormenorizadamente, penetraram por diversas vezes até o Paraguai; descobriram a Província do Piauí, as Minas de Sabará e de Paracatu; entraram nas vastas solidões de Cuiabá e Goiás, percorreram a Província do Rio Grande do Sul; chegaram, em o Norte do Brasil, até o Maranhão e Rio Amazonas; e tendo transposto a cordilheira do Peru atacaram os espanhóis no centro de suas possessões. Quando se sabe, por experiência própria, quantas fadigas, privações próprias, perigos ainda hoje aguardam o viandante que se aventura nessas longínquas regiões e se toma conhecimento do itinerário das intermináveis incursões dos antigos Paulistas, sentem-se uma espécie de assombro, tem-se a impressão de que esses homens pertenciam a uma raça de gigantes.” [...]
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Ilustração de Belmont, publicada em jornal "A Gazeta" 1957. |
Em seu livro, História de São Paulo, Tito Lívio Ferreira cita o canto VI, do Poema Vila Rica de Claudio Manoel da Costa, onde há referência aos Bandeirantes:
"Levados de fervor, que o peito encerra
Vê os Paulistas, animosa gente,
Que ao Rei procuram o metal luzente
Co'as próprias mãos enriquecer o erário.
Arzão é este, é este, o temerário,
Que da Casca os sertões tentou primeiro:
Vê qual despreza o nobre aventureiro,
Os laços e as traições, que lhe prepara
Do cruento gentio a fome avara.
A exemplo de um contempla iguais a todos,
E distintos ao rei por vários modos
Vê os Pires, Camargos e Pedrosos,
Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos,
Lemos, Toledos, Paes, Guerras, Furtados,
E os outros, que primeiro assinalados
Se fizeram no arrojo das conquistas,
Ó grandes sempre, ó imortais Paulistas!
Embora vós, ninfas do Tejo, embora
Cante do Lusitano a voz sonora
Os claros feitos do seu grande Gama;
Dos meus Paulistas honrarei a fama.
Eles a fome e sede vão sofrendo,
Rotos e nus os corpos vem trazendo,
Na enfermidade a cura lhes falece,
E a miséria por tudo se conhece."
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Batalhão da Força Pública, Revolução de 1932. |
Outra referência aos destemidos e heroicos paulistas se refere à Revolução Constitucionalista de 1932.
32, número sagrado no simbolismo histórico e cívico de Piratininga. Em 32 os brasileiros de São Paulo choraram lágrimas sobre o túmulo de seus filhos tombados em combates. Não choraram pela sua perda, choraram pela Pátria infelicitada.
O 10 º Núcleo de Correspondência – MMDC Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna saúda São Paulo no seu 465 º Aniversário!!!!!!
Parabéns São Paulo!!!!!!
Fonte.
FERREIRA, T. L. História de São Paulo, Vol.II. São Paulo. Editora Gráfica Biblos Ltda. 323p.
Imagens - disponíveis na internet e arquivo pessoal.
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
25/01/2019.