14 de agosto de 1932! Era o Dia dos Pais!
Nas trincheiras o som das metralhadoras ecoavam o grito da liberdade!
Era o Dia dos Pais e as principais manchetes nos jornais eram:
“Êxito na Campanha do Ouro.
Nossa aviação portou-se brilhantemente.
Melhora a situação na frente de Queluz.
A eficiência da nossa organização aumenta todos os dia.”
Em São Paulo o Cônego José Batista de Carvalho proferia uma oração que foi transmitida pelas três rádios:
“[...] São Paulo, pacífico, ordeiro, que só pensava em trabalhar, larga o alvião e o volante do trabalho, para empunhar a carabina da guerra.
São Paulo é hoje uma imensa caserna em que só tilintam armas, só ecoam vozes de comando, só se cruzam fardas apressadamente cozidas com carinho, garbosamente envergadas com ufania e atenciosamente saudadas com sorrisos!
Hoje em São Paulo ó se pensa no soldado, só se age para o soldado.
E o soldado surge, brota miraculosamente de todos os cantos, pulula nas praças, nas ruas a esperar, nos quartéis improvisados a adentrar-se, nas trincheiras e redutos e bater-se[...]
Do que pois, havemos ainda mister para vencer? Que é que nos resta fazer para que o sorriso da esperança se transforme para nós na explosão da vitória?
Uma só, coisa: resistir. Resistir até o fim, sem esmorecer, sem arrefecer o fogo sagrado do entusiasmo que a todos nos arrasta. Patriotismo et endurece, patriotismo e resistência eis o lema sagrado que cada paulista deve agora ler na bandeira da sua Pátria [...]
Resistir até o fim, eis a palavra mágica que deve conjugar num só bloco a energia de todos paulistas.
Aguentar firme, que a Vitória é nossa, eis a senha expressiva ditada pelo nosso chefe militar, para que por ela reconheçamos todo o paulista digno de nome Brasileiro! ...”
(Transcrição de um trecho da oração que foi publicada no Jornal Folha da Noite em 14 de agosto de 1932, acervofolha.com.br).
Esta é uma singela homenagem que faço a todos os pais, aos pais de 1932. É também uma lição aos futuros pais, o civismo, o amor à sua pátria e à sua família é a condição de manter sua liberdade e a sua dignidade.
Joaquim Norberto de Toledo Junior, meu pai. |
Feliz Dia a todos os pais!!!!!
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo
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