Na Revolução Constitucionalista de 1932 uma das características mais marcantes foi a participação das mulheres, o que nunca havia sido observado de forma igual em outra revolução brasileira. Na época era mínima a participação feminina na política brasileira. Porém, as pujantes mulheres bandeirantes se envolveram diretamente na causa constitucionalista.
Algumas bravas mulheres, como a professora rural Maria Sguassábia, combateram na linha de fogo do fronte. Outras, como Maria Emília Leonel, que era presidente da Cruz Vermelha, viajavam pelo interior levando mensagens entre o campo de batalha e o Quartel General da capital paulista.
Mas entre todas as bravas e nobres atividades das mulheres durante a Revolução Constitucionalista de 1932, sem dúvida foi na retaguarda que o apoio feminino se configurou mais importante. As principais atividades das mulheres paulistas foram realizadas em hospitais, nas oficinas e nas “Casas de Soldado”.
No primeiro mês da revolução, 7200 mulheres confeccionaram 440 mil peças de farda destinadas aos soldados. Refeições eram servidas pelas mulheres aos combatentes nas “Casas de Soldado” localizadas em todo o estado. Só em uma delas, sediada na “Bolsa de Mercadorias”, foram servidos 149 mil almoços nos dois primeiros meses de atividades. O apoio das mulheres paulistas foi tanto que elas chegaram a envolver seus filhos em idade escolar na causa constitucionalista. As crianças também se envolviam na propaganda, lendo discursos pelas ruas e compondo batalhões infantis que desfilavam exibindo cartazes com frases como: “Se necessário, também iremos”.
Mulheres e crianças em manifestação pela Revolução.
Mulheres empacotando medicamentos na cidade de Cruzeiro.
A mulher paulista na manifestação cívica de 23 de maio. (Autor desconhecido).
As costureiras paulistas.
A primeira enfermeira voluntária enfermeira com alguns integrantes do Serviço de Saúde.
A foto, de 1932 (autor desconhecido), é de combatentes piracicabanos na Revolução Constitucionalista de São Paulo. Entre os homens, está uma das mulheres que se tornaram heroínas da grande saga paulista: Odila de Souza Diehl.
Ela e outras mulheres piracicabanas (12 ao total) alistaram-se como enfermeiras, sendo Maria de Almeida Silveira uma das primeiras a se alistar, vestindo uniforme e indo para o front.
Com Odila de Souza Diehl, ficou a única bandeira paulista que restou após o final da revolução. A bandeira foi entregue ao Museu Prudente de Moraes.
“Cora Coralina flagrada em São Paulo pela Revolução Constitucionalista de 1932, alistou-se como enfermeira, costurou bibicos (bonés), uniformes, aventais. Depois encontrou outra causa. Bradou pela formação de um partido feminino, criou até o manifesto da agremiação”.
A maciça participação das mulheres foi assombrosa e comovedora.
Mario Soldado - Maria Stela Rosa Sguassábia.
MULHERES CIDADÃS
Frances de Azevedo
Mulheres mães!
Mulheres esposas!
Mulheres filhas!
Mulheres irmãs!
Mulheres companheiras!
Mulheres na retaguarda!
Mulheres à frente da batalha!
Mulheres do Clube do Ovo!
Mulheres do Clube do Cachecol!
Mulheres enfermeiras, mensageiras!
Mulheres cozinheiras, costureiras!
Mulheres destemidas, decididas!
Mulheres relevantes, atuantes!
Mulheres necessárias, voluntárias!
Mulheres eivadas de fé, de coragem!
Que apoiaram a Revolução de 32
Em prol do retorno da Democracia!
Loa a essas MULHERES CIDADÃS!
Dia 8 de março.
Durante uma conferência internacional de mulheres, 1910, realizada na Dinamarca, ficou decidido comemorar o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher., em homenagem às mulheres costureiras que morreram em 1857 no interior de uma fábrica têxtil em Nova Iorque.
Participantes da Conferência na Dinamarca.
Fonte de consulta.
orebate-cassioribeiro.blogspot.com
www.google.com/culturainstitute
leiturasdahistoria.uol.com.br
alotatuape.com.br
artes.colband.net.br
fernandesfigueiredo.com.br
pt.wikpedia.org
Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
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