terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Reinauguração do Monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932.







Algumas considerações sobre o Monumento.


O Monumento-Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932 se destaca na paisagem com seu obelisco de 72 metros de altura, revestido de mármore travertino. No subsolo, uma cripta em forma de cruz grega abriga uma capela e os despojos dos ex-combatentes. Popularmente conhecido como “Obelisco do Ibirapuera”, homenageia a Revolução Constitucionalista de 1932, seus heróis anônimos, “mártires”, a causa constitucionalista, as personalidades que mais se destacaram como o poeta Guilherme de Almeida e o “tribuno” Ibrahim Nobre, bem como o dia em que foi deflagrada a revolta armada contra o governo de Getúlio Vargas – “9 de julho”.
A simbologia do 9 de julho foi explorada pelo escultor Galileo Emendabili ao projetar um obelisco que, da base ao topo, tem 72 metros de altura (7+2=9); da cripta ao topo tem 81 metros (8+1=9), sendo que 81 também é o quadrado de 9; pela soma aritmética de 72 e 81, também se chega ao número 9 (7+2+8+1=18 (1+8=9)).

Cada face do obelisco volta-se para um dos quatro pontos cardeais. Em cada uma delas, encontram-se quatro figuras em alto-relevo, com 5,75 metros de altura. Os dezesseis relevos ornamentam o terço inferior do obelisco e aludem à luta militar da Revolução de 1932 e aos feitos dos bandeirantes. Entre os relevos, estão inscritos versos de Guilherme de Almeida:

AOS ÉPICOS DE JULHO DE 32 QUE, FIÉIS CUMPRIDORES
DE SAGRADA PROMESSA FEITA A SEUS MAIORES
OS QUE HOUVERAM AS TERRAS E AS
GENTES POR SUA FORÇA E FÉ
NA LEI PUSERAM SUA FORÇA
E EM SÃO PAULO, SUA FÉ.

Na base do obelisco, duas portas de bronze com cerca de 3,5m de altura por 2m de largura, instaladas nas faces norte e sul, denominam-se Porta da Vida e Porta da Glória, respectivamente. Com cenas em alto-relevo, a primeira exalta a capacidade de trabalho do povo bandeirante, enquanto a outra retrata a partida dos voluntários para as linhas de frente e o sacrifício dos jovens.
 Na entrada da cripta, três arcos lembram as arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, de onde saíram grande parte dos constitucionalistas. Acima dos arcos, encontra-se a inscrição:
VIVERAM POUCO PARA MORRER BEM
MORRERAM JOVENS PARA VIVER SEMPRE

O lançamento da pedra fundamental ocorreu no dia 9 de julho de 1949. Tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura destinaram recursos para a construção, a cargo da “Fundação Monumento e Mausoléu ao Soldado Paulista de 32”. O Decreto Municipal nº 1.078 de 6 de julho de 1949, determinava que o “Monumento aos Mortos de 32” deveria ser erigido “na parte central da praça circular localizada no prolongamento da avenida Brasil, a 1.100,00 metros, aproximadamente, da avenida Brigadeiro Luís Antônio.”
As obras começaram em 1950 e, cinco anos depois, o monumento foi inaugurado parcialmente.







Imagens reproduzidas e publicadas no Jornal Folha da Tarde de 1955.
(Arquivo pessoal)



A Reinauguração.


Após 12 anos de restaurações e reformas o Monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932 foi reinaugurado e reaberto para a visitação pública hoje, dia 09 de dezembro de 2014, pelo Exmo. Governador Geraldo Alckmin com a presença do Presidente da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, Cel. Mario Fonseca Ventura e foram prestigiados por diversas autoridades e personalidades.
 A sede da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC foi transferida para o Monumento no dia 08 de dezembro de 2014.

A seguir algumas imagens da reinauguração do Monumento, registradas pelo Sr. Antônio Carlos Aristides, associado da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC.


























Veja mais informações em:

https://www.facebook.com/10oNucleoDeCorrespondenciaTrincheirasDeJaguariuna



Fonte de consulta.





Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

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