Nos anos de 1930 a população da pacata Vila Jaguary (atual Jaguariúna) acompanhava as questões da agitação política, em consequência das medidas adotadas pelo então Presidente Getúlio Vargas, mas não havia envolvimento
Quando em 9 de julho de 1932, o movimento revolucionário ganhou as ruas, teve apoio de amplos setores da sociedade paulista que, não só se mobilizaram em torno de ações pragmáticas para resoluções do conflito, como intelectuais, industriais, estudantes, políticos e outros segmentos assumiram a causa e, literalmente foram à luta.
Em três meses de intensos combates, os paulistas foram os primeiros a tomarem posições em trincheiras, algumas delas bem próximas à Vila Jaguary, como as trincheiras das cidades de Pedreira, Amparo e Estação Eleutério.
Naquele momento a Vila foi utilizada para concentração de tropas paulistas, pois era favorecida por sua posição geográfica. Este fato alterou a rotina da Vila Jaguary.
No centro da Vila, em local próximo à primeira Estação Ferroviária, batalhões de soldados improvisaram alojamentos em vagões da Companhia Mogiana que estavam estacionados no pátio.
Como sua posição geográfica favorecia as comunicações, foi instalado nessa mesma estação o centro para contato telegráfico, que era usado nas orientações estratégicas das frentes de combate.
Ainda, na região central, próximo ao pontilhão ali existente na época, instalaram-se o alojamento para os soldados, o depósito de equipamentos e o estacionamento para 22 caminhões.
A posição de destaque atribuída à Vila Jaguary provocou reação imediata. Soldados mineiros das forças do governo invadiram a Vila. Os armazéns de secos e molhados, que pertenciam ao Sr. Giovani Ferrari e Sr. Augusto Chiavegato, sofreram saques e suas instalações foram praticamente destruídas.
A Fazenda da Barra também foi invadida por soldados mineiros que ali montaram um quartel. Destruíram o mobiliário e louças e também escreveram nas paredes do salão principal palavras ofensivas aos paulistas, tais como: "fazendeiros:Minas ainda há de abater o orgulho de São Paulo".
Veja mais sobre a invasão na fazenda em http://mmdcjaguariuna.blogspot.com.br/2012/10/a-invasao-da-fazenda_15.html.
O avião da ditadura, o "Vermelhinho", visitava a Vila Jaguary diariamente. O primeiro bombardeio atingiu a rua Alfredo Engler e o segundo ataque foi sobre a Fazenda Florianópolis, que em decorrência da terra estar recentemente arada não houve explosão.
Diante destes acontecimentos, várias famílias saíram em fuga generalizada, abandonando suas residências. Algumas procuraram abrigos no bairro Tanquinho e outros partiram para outras cidades mais distantes do centro das batalhas.
Os que permaneceram na Vila, procuraram abrigo em residências que se encontravam abandonadas e que se localizavam em locais menos atacados.
Armazém Ferrari. Giovani e Abelle Ferrari em 1932. (Foto2) |
Inscrição na parede em uma das salas da Fazenda da Barra, soldados mineiros deixaram gravado inscrições de ódio aos paulistas. (foto3) |
Fonte de informações.
Jaguariúna no Curso da História/coordenação e textos: Suzana Barreto Ribeiro; -Jaguariúna: Secretaria de Educação de Jaguariúna, 2008, 256p.
Fotografias.
1 - Disponível em www.estacoesferroviarias.com.br
2 - acervo da Casa da Memória Padre Gomes , Jaguariúna, SP .
3 - Maria Helena de Toledo Silveira Melo, 2012.
Parabenizo Jaguariúna pelo seu aniversário e à Presidente Maria Helena pelo belíssimo e exemplar trabalho desenvolvido no comando do 10º NC, sucursal da Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC !!! Saudações Constitucionalistas !!!
ResponderExcluirPrezada Ana Cristina, Presidente do 20 NC de Jundiaí.
ResponderExcluirSaudações Constitucionalistas,IA!!!
Agradeço suas considerações e amáveis palavras.
Atenciosamente.
Maria Helena