domingo, 29 de setembro de 2013

A LUTA CONSTITUCIONALISTA NA ZONA MOGYANA.


Transcrição de notícia publicada no Jornal Folha da Noite de 27 de setembro de 1932.


"Estão definitivamente consolidadas as nossas posições na linha Jaguary - Amparo.
A base de nossa retaguarda na linha Funilense.
A situação de Mogi-Mirim.
As operações em Pedreira.
O que há no ramal de Igarapava".


                 "Zona da Mogyana, 27. Do enviado especial .
            As operações das nossas forças na linha Jaguary - Amparo conduziram-nos ontem a novos e importantes progressos, terminando com a consolidação definitiva das nossas posições. O cerco de Amparo pelas tropas constitucionalistas, com a brilhante participação da coluna de Romão Gomes, está sendo executada com sucesso. A marcha das nossas operações toma assim um extraordinário vulto, graças as imediatas e inteligentes providências do nosso comando geral. O que se opera na linha de Jaguary estende-se igualmente ao setor de Mogi- Mirim. A Estrada de Ferro Funilense ocupada pelas nossas tropas, forma uma sólida base de operações que irradiam para Mogi-Mirim. Nessas circunstâncias a situação dos invasores da zona está longe de ser segura e não oferece margem alguma para uma ação de caráter decisivo.
             A celebre marcha ditatorial sobre Campinas passou do domínio da lenda. A campanha nesse trecho da Mogyana assume proporções ameaçadoras para o inimigo, que tem seu avanço completamente impedido e se vê na emergência de resistir fracamente a ação ofensiva das nossas tropas cujo plano está sendo lento mas seguramente executado.


               As operações em Pedreira 
              Sábado último os ditatoriais ameaçados na região de Amparo tentaram uma desesperada ofensiva no setor de Pedreira. Custou-lhes caro o ataque que dirigiram. O adversário foi energicamente repelido, sofrendo numerosas baixas.
A possível concentração das forças da ditadura no setor de Pedreira visará apenas uma medida de prudência por parte do inimigo, cuja retaguarda está sendo continuamente ameaçada pelas nossas forças. Os ditatoriais fazem todos os esforços possíveis para evitar um movimento envolvente que os prive de qualquer comunicação com Minas, único refugio da sua retirada.

                     A situação em Igarapava 
                   Nenhum fundamento tem os boatos alarmistas sobre a situação no ramal de Igarapava. A nossa situação, nesse setor é ótima. Uma comunicação procedente de Guará (entre S. Joaquim e Ituverava) afirma que essa região está fortemente guarnecida pelas nossas tropas, cujos postos avançados se fecham na fronteira com Minas.

                    Comunicam igualmente, de Franca, sede do comando desse setor, que não há nem pode haver receio algum de uma incursão inimiga por aquela Zona da Alta Mogyana.
                    Notícias idênticas nos vem de Batatais".









                               Estação Funilense.

                            A Cia. Carril Funilense foi inaugurada em 18/09/1899 pela Cia. Agrícola Funilense, de Funil, hoje Cosmópolis. Saindo do centro de Campinas e chegando até a atual  Cosmópolis.




                                 Logo da Cia. Funilense.                           
                                 Foto de Adriano Rocha.



Fonte de informação.


Acervo Folha - www.acervofolha.com
www.estacoesferroviarias.com.br

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Visita do Comandante do Exército Constitucionalista à Jaguariúna.



Em 09 de setembro deste ano o Comandante do Exército Constitucionalista da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC, Sr. William Mascarenhas Whorth, esteve em Jaguariúna para visitar a cidade que não via há mais de 40 anos,  época em que residiu aqui por três anos.
Aproveitando a visita, participou da abertura da exposição "História do Futebol em Jaguariúna",  na Casa da Memória,  homenagem ao aniversário da cidade, onde conheceu diversas personalidades locais e pode relembrar algumas de suas passagens na cidade quando participou dos eventos esportivos daquela época.
A solenidade de abertura da exposição teve início no Teatro Municipal Dona Zenaide, tendo como cerimonialista o Sr. Tomaz de Aquino Pires, que  é o curador da Casa da Memória Padre Gomes.
Durante a cerimônia o Comandante William pediu a palavra ao Sr. Tomaz o que foi prontamente atendido. Em sua fala, elogiou a iniciativa dos organizadores da exposição e parabenizou as personalidades presentes. Contou rapidamente sobre sua passagem por Jaguariúna, marcando sua presença em grande estilo.
Após, todos se dirigiram ao prédio onde está instalada a Casa da Memória para a abertura oficial da exposição.




                                                                                                      M.H.T.S.Melo
Convidados no saguão do Teatro.




                                                                                                            M.H.T.S.Melo
Personalidades que compunham a mesa e no canto direito o Sr. Tomaz de Aquino Pires.




                                                                                                Gislaine Mathias
À direita Comandante William M. Worth,  Vice-prefeita, Sra. Maria Auxiliador Zanin Tonini, Sr. Tonini e Maria Helena T. S. Melo, Presidente do N.C. Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna.



                                                     M.H.T.S.Melo
Comandante William M. Worth ao lado do monumento em homenagem aos Pracinhas da FEB.



Fotografias nos jornais  da cidade


                                                                                             Jornal Gazeta Regional
À direita Comandante William M. Worth e Maria Helena T.S.Melo.





                                                                                                   Jornal de Jaguariúna








quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A IMPORTÂNCIA DA VILA JAGUARY NA REVOLUÇÃO DE 1932.



Nos anos de 1930 a população da pacata Vila Jaguary (atual Jaguariúna) acompanhava as questões da agitação política, em consequência das medidas adotadas pelo então Presidente Getúlio Vargas, mas não havia envolvimento
Quando em 9 de julho de 1932, o movimento revolucionário ganhou as ruas, teve apoio de amplos setores da sociedade paulista que, não só se mobilizaram em torno de ações pragmáticas para resoluções do conflito, como intelectuais, industriais, estudantes, políticos e outros segmentos assumiram a causa e, literalmente foram à luta.
Em três meses de intensos combates, os paulistas foram os primeiros a tomarem posições em trincheiras, algumas delas bem próximas à Vila Jaguary, como as trincheiras das cidades de Pedreira, Amparo e Estação Eleutério.
Naquele momento a Vila foi utilizada para concentração de tropas paulistas, pois era favorecida por sua posição geográfica. Este fato alterou a rotina da Vila Jaguary.
No centro da Vila, em local próximo à primeira Estação Ferroviária, batalhões de soldados improvisaram alojamentos em vagões da Companhia Mogiana que estavam estacionados no pátio.
Como sua posição geográfica favorecia as comunicações, foi instalado nessa mesma estação o centro para contato telegráfico, que era usado nas orientações estratégicas das frentes de combate.
Ainda, na região central, próximo ao pontilhão ali existente na época, instalaram-se o alojamento para os soldados, o depósito de equipamentos e o estacionamento para 22 caminhões.
A posição de destaque atribuída à Vila Jaguary provocou reação imediata. Soldados mineiros das forças do governo invadiram a Vila. Os armazéns de secos e molhados, que pertenciam ao Sr. Giovani Ferrari e Sr. Augusto Chiavegato, sofreram saques e suas instalações foram praticamente destruídas.
A Fazenda da Barra também foi invadida por soldados mineiros que ali montaram um quartel. Destruíram o mobiliário e louças e também escreveram nas paredes do salão principal palavras ofensivas aos paulistas, tais como: "fazendeiros:Minas ainda há de abater o orgulho de São Paulo".

Veja mais sobre a invasão na fazenda em http://mmdcjaguariuna.blogspot.com.br/2012/10/a-invasao-da-fazenda_15.html.

O avião da ditadura, o "Vermelhinho", visitava a Vila Jaguary diariamente. O primeiro bombardeio atingiu a rua Alfredo Engler e o segundo ataque foi sobre a Fazenda Florianópolis, que em decorrência da terra estar recentemente arada não houve explosão.
Diante destes acontecimentos, várias famílias saíram em fuga generalizada, abandonando suas residências. Algumas procuraram abrigos no bairro Tanquinho e outros partiram para outras cidades mais distantes do centro das batalhas.
Os que permaneceram na Vila, procuraram abrigo em residências que se encontravam abandonadas e que se localizavam em locais menos atacados.




Estação Ferroviária Jaguary em 1910. (foto 1)

 





Armazém Ferrari.
Giovani e Abelle Ferrari em 1932. (Foto2)








Inscrição na parede em uma das salas da Fazenda da Barra, 
soldados mineiros deixaram gravado inscrições de ódio aos paulistas. (foto3)








Fonte de informações.   
                                                                   
Jaguariúna no Curso da História/coordenação e textos: Suzana Barreto Ribeiro; -Jaguariúna: Secretaria de Educação de Jaguariúna, 2008, 256p.     

Fotografias.

1 - Disponível em www.estacoesferroviarias.com.br
2 - acervo da Casa da Memória Padre Gomes , Jaguariúna, SP .
3 - Maria Helena de Toledo Silveira Melo, 2012.                                                                                   
                                                                                  





DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...