No
Brasil foi oficialmente instituído o DIA DAS MÃES em 1932, em todo o país, no
segundo domingo de maio. A data passou também a fazer parte do calendário da
Igreja Católica. A primeira comemoração no País foi em 12 de maio de 1918 pela
Associação Cristã de Moços de Porto Alegre.
Comemoração em 1918 - (Arquivo ACM-RS)
As Mulheres, mães, no Movimento Feminista no
Brasil.
“As mulheres do Brasil reunidas por um alto
ideal de confraternização feminina, para trabalhar pelo progresso do país,
sentindo-se fortes, na educação recebida, para obter a realização de seus ideais,
deseja homenagear as Mães Brasileiras – o maior fator de nosso aperfeiçoamento
moral – dirigindo-se ao chefe do governo provisório, por esta Moção, pede-lhe a
oficialização do “Dia das Mães” no segundo domingo de maio.”
Esse
texto, publicado no Jornal Correio da Manhã no dia 8 de abril de 1932, revela o
movimento que deu origem à oficialização do Dia das Mães no Brasil. A
solicitação de oficialização partiu da Federação Brasileira pelo Progresso
Feminino, com base em uma moção aprovada no Segundo Congresso Internacional
Feminista. A data foi oficializada pelo decreto nº 21.366, de 5 de maio de
1932, mesmo ano da conquista do direito ao voto e à candidatura política pelas
mulheres. O movimento feminista foi liderado pela bióloga Berta Lutz,
articuladora das questões políticas que resultaram nas leis de igualdade dos
direitos políticos nos anos 1920 e 1930.
Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. |
As Mães de 1932.
- Meu filho, dizia uma senhora ao despedir-se, antes a morte, do que ver-te junto a mim,
desertor.
-
Desejaria abraçar-te, exclamava
outra, e cobrir-te de beijos, filho único
e único bem que Deus me deu; mas não desejaria que me apontassem como mãe de
quem não cumpriu o seu dever. Não desanimes, meu filho; luta até o fim; Deus é
bom, e dar- nos- á a vitória, pois a causa também é sua.
-
Meus filhos, faz hoje dez anos que morreu seu irmão Newton. Deus vos acompanhe.
Isto proferia a
heróica progenitora de João Batista Prado, quando, em 10 de julho de 1932, em
companhia de seus irmãos, fora despedir-se de sua santa e abnegada mãe.
A tanto desprendimento
não tararia a responder o filho dileto tocando as raias do sublime e quase
prestes a expiar, devido ao esfacelamento de uma perna causado por granada:
Isto
não é nada por São Paulo: São Paulo merece muito mais; Viva São Paulo.
Chegava a Piracicaba o
primeiro mártir constitucionalista. Ao enterro de Enes Silveira Mello, a cidade
inteira compareceu. D.ª Malvina Sampaio Mello, elemento da elite piracicabana e
testemunha ocular desse ato de religioso patriotismo, que bem mostra o alto
civismo da Mulher Paulista, é quem no-lo vai contar; ouçamo-la:
-Não posso (dizia S. Excia[MHdTSM1] .
em carta dirigida ao Jornal O Estado)
como paulista entusiasta pela causa de São Paulo, calar-me diante do heroísmo
abnegado de uma distinta piracicabana, a primeira desta terra que perdeu o
filho no campo da luta, em defesa de São Paulo.
Quando o povo desfilava
diante do caixão e ela se achava ao lado deste, pediu para que o desfile
parasse para que o Monsenhor Rosa fizesse a recomendação. Depois, com uma
serenidade que a todos assombrou, pegou nas mãos geladas do seu querido Enes
que ia partir e, osculando-as, disse estas palavras sublimes de despedida que
muito nos comoveram: - Vae filho querido; que todas as mães
piracicabanas tenham coragem, assim como eu! Diante da Pátria não se chora!
(Texto acima - cópia do livro A
Mulher Paulista no Movimento Pró Constituinte)
Voluntárias na Revolução Constitucionalista de 1932.
MÃE
é símbolo de coragem, abnegação, solidariedade e amor, tão bem demostrado no
texto, é o alicerce e o exemplo para que seus filhos sigam uma vida digna e plena.
DESEJO
UM ÓTIMO DIA À TODAS AS MÃES E FAMILIAS!!!
UM
DIA DE PAZ, CARINHO E SOLIDARIEDADE ÀS FAMILIAS!!!
Portal
Trincheiras de Jaguariúna.
UMA
HOMENAGEM ESPECIAL À MINHA MÃE E AVÓS QUE BRILHARAM COMO HEROINAS E BRILHAM NO INFINITO
COMO AS ESTRELAS!
Fonte.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/
https://ufop.br/noticias/institucional/o-dia-das-maes-e-conquistas-sociais
RODRIGUES,
J., A Mulher Paulista no Movimento Pró Constituinte. Empresa Gráfica da Revista
dos Tribunais, 1933, 192p.
Editado
e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.