segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Cartas de Paulo de Moraes Barros.


Entre as muitas correspondências recebidas por meu avô, de grandes nomes da política nacional, selecionei duas que me chamaram a atenção, um cartão por conter assuntos relacionados a Revolução de 1932, e outra onde Dr. Paulo de Moraes Barros faz muitos elogios a ele, o que muito nos honra.



Frente do cartão




Verso.



Dr. Paulo de Moraes Barros escreveu em “cartão de visita” o seguinte:

"Ao velho amigo Joaquim Norberto e a D. Ambrosina.
O Paulo de Moraes e Sinhá enviam cordial e saudoso abraço de despedidas. Não se esqueçam que S. Paulo não foi vencido. O que vale agora é a voz das trincheiras.
Pergunte aos seus valentes rapazes e distribuam com eles mais abraços nossos.
Tudo por S. Paulo unido!
Rio – 5-12-1932."









A carta enviada ao Cel. Joaquim Norberto de Toledo.






Alguns dados biográficos de Dr. Paulo de Moraes Barros:

Nascido em Piracicaba em 16/07/1866 e falecido em São Paulo em 16/12/1940. Médico, político, agricultor, senador, ministro. 1ª Núpcias com Elisa de Salles, falecida em Berlim em 1911, filhos: Cora, Helena e Paulo. 2ª Núpcias com Maria Luiza Quirino dos Santos. Era filho do senador Manoel de Moraes Barros e Maria Inês da Silva Gordo de Moraes Barros e sobrinho de Prudente de Moraes.
Formou-se em 1888 pela faculdade de medicina do Rio de Janeiro e no ano seguinte voltou a Piracicaba, instalando consultório a rua São José. Vereador, foi presidente da Câmara em várias legislaturas e exerceu o cargo do inspetor sanitário, liderando o combate as epidemias. Fez parte do corpo clinico da Santa Casa de Misericórdia local e participou como membro da Irmandade desta.
Exerceu vários postos elevados no governo do Estado e Federal. Foi intendente municipal em Piracicaba e chefiou o partido republicano da cidade. Em 1905-06 permaneceu na Europa em companhia da esposa, gravemente enferma. No segundo governo paulista de Rodrigues Alves, foi secretário da agricultura do estado. Esteve no oriente em fins de 1916 e representou o Brasil no congresso Algodoeiro de Viena e no congresso de Emigração em Roma.
       De maio de 1924 a janeiro do ano seguinte, permaneceu no Egito, para estudos sobre produção do algodão, a serviço do Ministério da Agricultura. Um dos fundadores do Partido Democrático, foi deputado federal em 1909-11 e 1927-29, senador, ministro da agricultura, ministro do Estado da viação e obras públicas e secretario da fazenda de São Paulo. A fazenda Pau D´alho, de sua propriedade, acolheu como trabalhadores os primeiros imigrantes japoneses em Piracicaba, a 07/09/1918.
Participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Como administrador de grandes empresas, esteve a frente da Moraes Barros e Irmãos, Companhia Cafeeira de Rio Feio e Tecelagem Paraíba. Cambiaghi registra que pertenceu ao doutor Paulo o primeiro automóvel a circular em Piracicaba. Tendo falecido em São Paulo, seu corpo foi transportado para sua cidade natal e sepultado no cemitério da saudade.
Em sua homenagem há uma avenida com seu nome no Bairro da Paulista, em Piracicaba.
(http://historia.camarapiracicaba.sp.gov.br/vereador/395paulo_de_moraes_barros


Fonte das imagens arquivo pessoal.


Sobre o Cel. Joaquim Norberto de Toledo veja mais em http://mmdcjaguariuna.blogspot.com.br/2016/10/cel-joaquim-norberto-de-toledo-e.html






Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
20/02/2017.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

De 1932 uma Reflexão para os dias atuais.


Reportagem especial sobre a Revolução Constitucionalista de 1932.

O título acima foi usado por Ruy Martins Altenfelder Silva, num brilhante artigo para a revista Digesto Econômico, edição comemorativa dos 70 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. Portanto, editada em 2002, de seu conteúdo nada precisa ser reescrito e continua atual. Vamos a ele.

Ruy Martins Altenfelder Silva

Cabe a nós, principalmente os homens e as mulheres da geração de 30 e 40, recordar o 9 de julho e contar a nossos filhos e netos o que foi o movimento de 1932 e seu verdadeiro significado.
Podemos trazê-lo como exemplo para os tempos atuais, como inspiração para desenvolver o sentimento de cidadania e contribuir para o bem de São Paulo e, consequentemente para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Relendo os discursos de Armando de Sales Oliveira, encontrei dois trechos sobre a Revolução de 1932 que merecem reflexão:
“À medida que o tempo passa, generaliza-se o julgamento da revolução paulista. Só um pequenino grupo persiste no propósito de denegri-la, de amesquinhá-la e até de ignorá-la. Esses homens, numa empresa impossível, investem contra uma montanha e tentam derrubá-la.”
“Movidos em determinado instante por um só impulso, os paulistas despertaram com súbita energia para uma fulgurante campanha de dignidade e de civismo. Alimentados por uma fé poderosa dissiparam com um largo gesto todas as dissensões, reuniram as forças de sua atividade criadora e de sua inteligência prática e fundiram-se numa perfeita, luminosa unidade. Foram, então, para o combate, sustentados pela febre que lhes batia nos pulsos e nas frontes. Uma a um, os paulistas levaram a sua pedra para montanha imperecível, que cimentaram com o generoso fermento de seu sangue. Quem não teria gravado no mais profundo da memória aquelas dias de transfiguração.”
Respondendo a questionamentos injustos sobre o papel da Revolução de 32, Armando de Sales Oliveira, continua:
“Ao pé desta montanha radiosa e inacessível irão em pensamento cantar seu hinos, numa constante renovação de amor, de esperança e de patriotismo, as gerações vindouras que ela alimentará com a lembrança de uma página de heroísmo nobilitante não somente para a história paulista, não somente para a história nacional, mas para a história da própria Humanidade.”
Mais adiante, evocando os heroicos bandeirantes ele afirma:
“O bandeirante sabe que serão inócuas as tentativas de adormecer a energia paulista dentro de um horrível imediatismo materialista e que os ideais de São Paulo, postos muito altos como o de todos os grandes povos, só se conquistarão através do esforço ininterrupto de gerações incontáveis. Ele sabe que São Paulo conserva tão íntegro o espírito construtor de seus antepassados e, mesmo quando se levantou numa revolução avassaladora, não fez senão uma revolução iminentemente construtiva e cívica. Ele sabe – o bandeirante – que São Paulo é grande!”

Faço questão de citar estes trechos dos discursos de Armando de Sales Oliveira e, ao mesmo tempo, invocar a Revolução de 1932 como exemplo para as novas gerações, porque penso que estamos vivendo uma revolução cívica. Penso que é o momento de cada um assumir uma postura de cidadão nesta verdadeira revolução pela ética na política, pelas profundas reformas estruturais de que o País precisa e que, no entanto, ficam apenas no terreno das boas intenções.
Todos nós, exercendo o legítimo direito – eu diria até a obrigação – de cidadão, devemos pressionar aqueles que têm responsabilidade no Congresso Nacional para que retomem o projeto das reformas estruturais de que o Brasil precisa: a reforma política, a reforma tributária (tão decantada e nunca realizada), a reforma previdenciária, a reforma administrativa, a reforma da arcaica legislação trabalhista, a reforma (iniciada, felizmente) da educação básica e do ensino profissionalizante, a reforma universitária, a reforma da saúde e a reforma da segurança pública – tudo isso desaguando na justiça social. Nós todos temos a responsabilidade de contribuir para que ela se faça o mais rápido possível.
O exemplo de 32 não pode ficar apenas na História. Deve ser sempre recordado, sempre reprisado, para que os paulistas possam, mirando-se no exemplo de 32, realizar, efetivamente, a revolução cívica de que o Brasil precisa para o bem de todos os brasileiros”.

Texto de Gerson Soares.

Da revista nº 8 da Academia Paulista de História.


Fonte.
Postado em Blog, História de São Paulo, Revolução de 1932
Quarta-feira, 9 de julho de 2014 às 16:20 h. 






Publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.
10/02/2017.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

REPORTAGEM ESPECIAL – II.



O Sr. Izidoro Jacobson após tomar conhecimento, por meio da matéria publicada pelo Jornal Correio Popular de Campinas na coluna “Baú de Histórias”, sobre os Exploradores de Trincheiras de Jaguariúna e Pedreira, resolveu doar uma relíquia guardada por mais 80 anos. Um estojo com 21 projéteis de fuzil, usados pelo Exército Constitucionalista durante a Revolução de 1932.

Veja a matéria no link a seguir:




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

REPORTAGEM ESPECIAL – JAGUARIÚNA E PEDREIRA.



Neste domingo, 05 de fevereiro de 2017, o Jornal “Correio Popular” de Campinas em sua página “Baú de Histórias” publicou uma reportagem especial sobre os Exploradores de Trincheiras da Revolução Constitucionalista de 1932, na região de Jaguariúna, Pedreira e Itapira.
O repórter Gustavo Abdel, visitou o Explorador jaguariunense, Kleber Tanaka, que conquistou um belo acervo de peças encontradas na região de Jaguariúna, Pedreira e Itapira. Com dedicação as suas descobertas contam a história da Revolução de 32 nesta região.
Procurada pelo jornalista, como Presidente do “Núcleo de Correspondência Trincheiras Paulistas de 32 de Jaguariúna”, relatei alguns fatos ocorridos na região.

A matéria completa poderá ser visualizada a seguir, nas imagens publicadas no jornal:


Primeira página com a chamada da matéria.

















Agradecimento especial ao repórter Gustavo Abdel por valorizar a História da Revolução Constitucionalista de 32 em suas matérias e aos Exploradores de Trincheiras por manter esta atividade, por meio dela vão descobrindo relíquias que contam a história da Revolução, em especial a Kleber Tanaka, Paschoal Loner e Angelo Ribeiro.




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Edição Digital do Livro Cruzes Paulistas.



Em comemoração aos 85 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 foi lançado a versão digital do Livro Cruzes Paulistas, Os Que Tombaram em 1932 pela Glória de Servir São Paulo.




“Este Livro é um Panteão. De cabeça descoberta, como fazemos ao penetrar em um templo Sagrado, [...] cada linha contém um orgulho para quantos lutaram ao lado dos que se foram, um exemplo para as crianças de hoje, uma lição e um incentivo, sempre fecundos, para as gerações de amanhã.”


Com iniciativa do Prof. Jefferson Biajone (*), auxiliado por uma equipe de pesquisadores e com o apoio da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, descendentes de Soldados Constitucionalistas e familiares dos primeiros autores do Livro Cruzes Paulistas e em comemoração aos 80 anos de seu lançamento (1936/2016) já se encontra disponível na versão online que poderá ser acessada no link a seguir:



A obra se encontra na integra com as ampliações a atualizações que passou em concordância com a Comissão Editorial (2016) que integrada é por familiares descendentes da Comissão Editorial de CRUZES PAULISTAS (1936), não infringindo, portanto, nos Direitos Autorais.


(*) Professor, pesquisador de História Militar Terrestre do Brasil e Presidente-Fundador do Núcleo Paulista de Itapetininga! Às Armas!! sucursal da Sociedade Veteranos de 32-MMDC em Itapetininga/SP.



Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...