domingo, 26 de junho de 2016

A Vila Jaguari e as Revoluções.


“Revoluções e Revoltas Jaguari...Jaguari” este é o título de um dos  artigos publicados em 12 de setembro de 1997 em uma publicação especial do Jornal “A Gazeta de Jaguariúna” nas comemorações dos 43 anos de emancipação da cidade de Jaguariúna.
Neste artigo o Sr. Lauro Navarro relembrou os últimos tempos revolucionários do Brasil, ele fez um resumo dos acontecimentos a partir do ano de 1920 até 1932.
Em um trecho, que transcrevo a seguir, ele contou um fato que ocorreu em 1924, onde citou a presença do Tenente João Cabanas, considerado como um dos mais aguerridos revolucionários, na Vila Jaguari:”5 de julho de 1924 – Em plena capital paulista, durante semanas, combates, bombardeios, saques, etc., generais governistas ameaçaram destruir a cidade a canhonaço. Sou testemunha ocular do dia a dia dessa barulheira infernal. Permaneci por muitos dias junto aos alternados tiroteios. [...]
Todo poder bélico e o elemento humano estava com a gloriosa Força Pública do Estado de São Paulo, chamada de “Exército do General Café”. Reformada e reformulada, recebeu a Força Pública treinamento igual ao Exército Francês, dispunha de artilharia, cavalaria e até aviões. Superava em contingente e profissionalismo quase todos os exércitos latino-americanos, até mesmo o uniforme seguia os padrões franceses: dólmã e calça culote de caxemira azul, vivos vermelhos, quepe de copa arredondada, polainas e sapatos pretos, indumentária que dava gosto ver. A Força Pública de São Paulo sofreu muito nesta revolta. [...]
 Inconformado com a derrota, um dos mais ardorosos defensores da revolução, o Tenente Cabanas, da Força Pública de São Paulo, agrupou pequeno contingente de fiéis soldados, ajuntou o que pode de munição e mais um canhão 75mm de campanha, tomou um trem da Paulista, rumo a Campinas, e em seguida veio aportar com seus homens, na pequena Vila Jaguari, pela estrada de Ferro Mogiana.
Segundo consta, após o desembarque, foi a coluna instalar-se na Praça Umbelina Bueno (Praça Central), assentando o canhão no adro da Matriz local e tomando posição de sentido, como se aguardando a proximidade do inimigo. Não foi molestado, não houve nenhum ataque, e daqui nada mais se sabe.” [...]

Continuando seu relato, Sr. Lauro descreveu alguns fatos que envolveram a Vila Jaguari na Revolução Constitucionalista de 1932.
“Rompe o dia fatídico, 9 de julho de 1932. [...]Foi um verdadeiro levante de fervor patriótico que tomou toda família paulista. O Governador arregimentando suas forças procurou atacar o nosso Estado por diversas frentes. Os paulistas foram tomando posição em trincheiras e uma delas, a mais perto daqui, localizava-se nas divisas com Minas Gerais, na estação Eleutério.
O comando, o Quartel General dessa frente, se instalou em Jaguari, em vagões da Estrada de Ferro, um comboio de vagões encontrados numa das linhas, em posição estática, mantendo contato telegráfico com toda a frente. [...]
Em prosa e versos, outros mais capazes cantaram a Epopéia de 1932. Nesta data, sessenta anos, é importante lembrar como foi projetado no cenário nacional o nome da Vila Jaguari. Para completar, tivemos aqui uma vítima e um herói. Benedito Novaes (Dito do Centro), encarregado da empresa telefônica, quando no céu apontava o avião vermelhinho, costumava ficar na esquina do Bar do Jorge Cury para observar suas evoluções. Certa feita, um estilhaço de bomba, ali bem perto atirada, acertou uma de suas protuberâncias, ocasionando profundo corte. Nosso Herói, filho desta terra, alistou-se como voluntário em Campinas e foi morto em combate. Nabor de Moraes teve seu nome gravado no Monumento do Soldado Constitucionalista, que ornamenta a entrada do Cemitério da Saudade, em Campinas.
Durante o período da Revolução de 32, o nome da Vila Jaguari era mencionado constantemente. Aqui sediava o Quartel geral das forças que avançavam até Minas. Ataques constantes dos aviões vermelhinhos. Depois com a retirada, foram as forças do governo que aqui tomaram folego para a caminhada até São Paulo.
A pequena Vila Jaguari está gravada na história e na saudade. (Julho de 1992).”












 









Estação do Tanquinho 1932.

 

                                                





 





Fonte.

Suplemento Especial do Jornal “A Gazeta de Jaguariúna”, 12 de set.de 1997, acervo da Casa da Memória de Jaguariúna.

julioprestes.wordpress.com

www.estaçõesferroviarias.com.br



Agradecimento especial ao Sr. Tomaz de Aquino Pires, Coordenador da Casa da Memória de Jaguariúna.
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Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.




quarta-feira, 22 de junho de 2016

Trincheiras: Entre o Céu e os Sonhos.





      Neste documentário, de Custódio Guimarães,
depoimentos dos ex-combatentes da Revolução de 1932:

Edwar Cordeiro
Cyro Brasiliense
Francisco Lucrécio
Francisco Carvalho
Geraldo Pinto
Heli de Aguiar Botto
Paulo Teixeira
Waldemar Félix
Odete Bittencourt
José Saião
Hernani Donato
Aurora Motta
Elias dos Santos Oliveira
Nicolau Tuma.

A história da Revolução Constitucionalista de 1932 contada através de depoimentos dos ex-combatentes. Rico em detalhes sobre a história destes heróis que lutaram pelo ideal comum, cada qual desempenhando seu papel da melhor forma e com o mesmo entusiasmo e paixão.


Honra aos Heróis de 32!




Fonte.


www.yuotube.com




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Alvarenga.



Alvarenga foi o quinto jovem ferido naquele fatídico dia de 23 de maio de 1932.



A Passeata na Rua 15 de Novembro, em São Paulo, no dia 23 de maio de 1932.




Orlando de Oliveira Alvarenga nasceu na cidade de Muzambinho, M.G. em 18 de dezembro de 1899, filho de Ozório Alvarenga e de Maria Oliveira Alvarenga, tinha um irmão, Antônio Alvarenga, exercia a função de Escrevente Juramentado. Era casado com Annita do Val, com quem tinha um filho de nome Oscar. Foi gravemente ferido naquele anoitecer agitado de 23 de maio de 1932, conduzido ao Hospital Santa Rita, onde faleceu no dia 12 de agosto sendo sepultado no Cemitério São Paulo.

 Em sua memória, o governo do Estado de São Paulo oficializou, pelo Decreto 46.718, editado em 25 de abril de 2002, o Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos.







Única fotografia em que aparecem, identificados, os cinco jovens que se 
tornaram Heróis da Juventude Constitucionalista.

             Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga.






Corrigindo um equívoco histórico.


     Nos registros históricos constam os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo como os quatro primeiros que tombaram mortalmente feridos no dia 23 de maio de 1932. Um pesquisador, Hely Felisberto Carneiro (médico, nascido em 1932, residente em Sorocaba, SP), em anos de pesquisa descobriu que havia mais um herói que tinha sido mortalmente ferido naquele dia de 23 de maio. Conforme suas informações, um mineiro de Muzambinho, Orlando de ALVARENGA, foi também gravemente ferido no dia 23 de maio, com um tiro de fuzil na coluna lombar que esfacelou sua medula. Socorrido, sofreu 81 dias, falecendo no dia 12 de agosto. O pesquisador agiu para consertar os registros históricos sobre 1932 e conseguiu que em setembro de 1993 a diretoria da Sociedade Veteranos de 1932 - M.M.D.C. reconhecesse a falha dos registros históricos. Assim, baseado em um estudo feito pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, foi criado o "Colar da Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos".
               Como homenagem póstuma ao herói Orlando de Alvarenga, em 28 de abril de 2003 o Prefeito da cidade de Sorocaba, SP, sancionou a Lei nº 6814 designando a Rua nº 1 do Jardim Itapoã como "Orlando de Alvarenga" e em 13 de janeiro de 2004, o Governador do Estado de São Paulo, depois que o pesquisador Hely Felisberto fez o pedido a ele, promulgou a Lei nº 11.658 designando o dia 23 de Maio como "Dia dos Heróis MMDCA" e por Decreto oficializou o "Colar da Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos".






Frente e verso do “Colar da Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos”.





Fonte.

MONTENEGRO, B; WEEISSHON, A.A (org.) Cruzes Paulistas: os que tombaram em                   1932 pela glória de servir São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1936. 516p.

www2.uol.com.br

medalhisticamilitarpaulista.blogspot.com.br

www.pinterest.com




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.








sábado, 4 de junho de 2016

" A Revolução de 1932" - Reportagem especial


 Reportagem Especial do programa Globo Repórter de 1992, é um interessante vídeo com depoimentos de Ex-Combatentes e Historiadores.

"São Paulo levantou-se em armas em 9 de julho de 1932 para livrar o Brasil de um governo que se apossaria de sua direção por efeito de uma revolução... e se perpetuava indefinidamente no poder, esmagando os direitos de um povo livre... e que trazia o sempre glorioso São Paulo debaixo de das botas e o chicote do senhor!" (Adhemar de Barros).







Fonte – www.youtube.com



 Publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

  Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil   Os patriotas pretos estão se arregimentando – Já seguiram vários batalhões – O entusias...