domingo, 21 de fevereiro de 2016

PRESENTE DAS TRINCHEIRAS.


Recebi, de meu amigo Kleber Tanaka o “Explorador de Jaguariúna”, um presente que vocês poderão conferir nas fotografias a seguir.



























Um estilhaço de um projétil de canhão, esferas de chumbo, cartuchos de fúsil e projéteis.



Estes artefatos bélicos foram achados em trincheiras localizadas nos arredores de Itapira, SP.




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

“Revolução de 1932” como tema para música popular brasileira.



Algumas informações sobre músicas populares e carnavalescas criadas com inspiração na Revolução de 1932.








No ano de 1933 surge a primeira marchinha carnavalesca com o tema relacionado à Revolução Constitucionalista de 1932.
Com o nome “Trem Blindado” foi lançada no carnaval a marchinha criada por João de Barro, o Braguinha e interpretada por Almirante.



Trem Blindado


"Meu bem, pra me livrar da matraca
Da língua de uma sogra infernal,
Eu comprei um trem blindado
Pra poder sair no carnaval.
Mulata por seu encanto,
Muito eu levei na cabeça
Porém agora eu duvido
Que isso outra vez aconteça
Do teu falado feitiço
Pouco caso hoje eu faço
Mandei fazer em São Paulo, mulata,
Um capacete de aço
Meu bem, pra me livrar da matraca
Da língua de uma sogra infernal,
Eu comprei um trem blindado
Pra poder sair no carnaval.
Mulata, quando eu te vi,
Logo pedi anistia
Pois os seus olhos lançavam
Terrível fuzilaria
E pra ninguém aderir
Ao nosso acordo amoroso.”
Botei na porta de casa, mulata,
Um canhão misterioso."







Ary Barroso, que tinha simpatias pelo movimento de 32, compõe o samba “Anistia” entre 1933 e 1934, neste não chega a pedir com todas as letras anistia para os constitucionalistas, mas, com o talento de sempre, faz metáforas com o amor, o trabalho e o carnaval para poder abordar o problema.        
Francisco Alves foi o interprete deste samba gravado pela ODEON.




“Anistia”

“Anistia, anistia
Nos três dias de folia
Seu doutor, não faça isso, por favor
Na prisão basta só meu coração
Por isso é que eu peço

Anistia, anistia...

Passo a vida no batente
Ali rente somente
Porque sei que é o trabalho é natural
Seu doutor, quero ir embora
É hora lá fora
Começou minha festa, o carnaval
Ai, seu doutor...

Anistia, anistia...

Meu amor está me esperando
Chorando e passando
Um pierrô que comprei à prestação
Seu doutor, por piedade,
É maldade, essa grade
Separar de mim o meu coração

Por isso é que eu peço

Anistia, anistia...”.










Em 1936, em um concurso promovido pela Prefeitura de São Paulo, a marchinha carnavalesca de Ari Barroso ficou em segundo lugar, mas foi a marchinha mais cantada nas ruas e bailes do Estado. A marchinha “Paulistinha” foi interpretada por Arnaldo Pescuna e Januário de Oliveira e gravada pela VICTOR.




“Paulistinha”.

“Paulistinha querida
Qual é tua cor
Que tanto disfarças
Com teu pó de arroz.
Não és loura, nem morena
Não tem nada de mulata
Paulistinha querida
A tua cor é 32.

Eu desta vez ofereço
Esta canção singular
À Paulistinha querida
Que um dia o Brasil inteiro
Há de adorar.

Tem um sorriso tão lindo
Que tanta graça mandar
Mesmo no céu não existe
Uma estrela que brilhe
Como o seu olhar”






No concurso de 1936, promovido pela Prefeitura de São Paulo, a primeira colocada foi a marchinha “Mulatinha da Caserna” composta por Capitão Furtado (Ariovaldo Pires) em parceria com Martinez Grau, 30 anos depois foi oficializada como Hino do Carnaval de São Paulo.


“Mulatinha da Caserna”

“Antigamente a mulatinha
Fazia corso lá no quintal
Mas com o tempo ficou por cima
Foi promovida a general

Alerta! Alerta!
Vamos fazer revolução
Nossa trincheira vamos ter, mulata
Na avenida São João

A Benedita já fez progresso
Tirou o corpo lá do fogão
Vive na seda, tem um V-8
E sai de braço com o capitão”.







Para ouvir as músicas acesse os links abaixo das letras das músicas.





Fonte:

Disponível em:

 cifrantiga3.blogspot.com.br,
www.franquilinmartins.com.br

acesso em 07 de fev. de 2016.




Editado e publicado por Maria Helena de Toledo Silveira Melo



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